Utentes contestaram o não cumprimento dos horários, a diminuição do número de carruagens e as avarias nas máquinas Andante, que vendem os títulos de transporte
Utentes dos transportes públicos do Grande Porto manifestaram-se esta terça-feira, frente à Estação de Metro da Trindade, para denunciar o não cumprimento dos horários, a diminuição do número de carruagens e as avarias nas máquinas Andante (títulos de transporte).
Envergando uma faixa onde se lia "Por Mais e Melhores Transportes Públicos", os manifestantes iam gritando, em jeito de denúncia, "É urgente, é necessário que se cumpra o horário", "E o transporte ninguém trata e andamos de sardinha em lata" ou "Para a banca vão milhões para os transportes só tostões".
Em declarações àLusa, uma das dirigentes do Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Grande Porto, responsável pela organização do protesto, disse ser "urgente" haver um maior investimento neste sector que, actualmente, atravessa um "decréscimo" de condições e qualidade.
Maria João Antunes contou que "com regularidade" recebe queixas e preocupações dos utentes porque há falta de manutenção dos autocarros, o tempo de espera aumentou em 30 minutos e há linhas que foram suprimidas.
"A juntar a tudo isto, houve este ano um aumento de 1,5% dos preços dos títulos de transporte que foi anunciado como pequeno, mas que tem um grande impacto na vida das famílias", afirmou.
Outras das preocupações enumeradas pela dirigente é a entrega da gestão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) a seis municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP).
"Tenho dificuldades em perceber como é que algumas autarquias que estão endividadas vão investir e recuperar serviços que foram cortados", questionou.
A dirigente revelou que, em Fevereiro, vão realizar um debate aberto a toda a população para discutir estas questões.
Presente no protesto, Pedro Martins disse que gostava de poder utilizar mais os transportes públicos, mas não consegue porque não pode confiar nos horários estabelecidos.
"Há muitos atrasos e isso leva-me, muitas vezes, a chegar atrasado aos locais", salientou.
A "degradação" dos transportes já se arrasta há cerca de três a quatro anos, revelou.
Com queixas semelhantes, Lurdes Rocha, que mora em Rio Tinto, frisou ter a necessidade de apanhar vários autocarros para o centro do Porto, mas os atrasos são "sistemáticos".
"Já o metro vem sempre cheio à hora de ponta, tanto que, por vezes, nem posso entrar e tenho de esperar pelo seguinte", garantiu.
Porto: Utentes queixam-se dos transportes públicos
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