Sábado – Pense por si

Papa Francisco "muito comovido" com morte de Alfie Evans

28 de abril de 2018 às 17:56
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Bebé cuja vida motivou batalha judicial no Reino Unido morreu este sábado, dia 28 de Abril.

O papa Francisco já reagiu à morte de Alfie Evans, o bebé cuja situação médica dividiu a opinião pública britânica e internacional. O pontífice manifestou-se "muito comovido" com a morte do "pequeno Alfie". "Hoje rezo especialmente pelos seus pais, enquanto Deus Pai o recebe no seu terno abraço", escreveu Francisco no Twitter. 

O papa já tinha manifestado o seu acordo em como Alfie deveria ser levado para Itália para ser submetido a novos tratamentos, e recebeu o pai da criança. O bebé de 23 meses sofria de uma doença degenerativa do sistema nervoso central. Os médicos e juízes britânicos defenderam que nada havia a fazer por Alfie, desligando as máquinas de suporte de vida. Consideraram que levar Alfie para Itália só lhe prolongaria o sofrimento. 

Os pais queriam tentar os tratamentos, mas perderam a batalha judicial, apesar dos esforços do Vaticano. Itália acedeu a conceder a cidadania italiana a Alfie. 

Papa diz que a ciência "tem limites a respeitar" e que nem tudo é eticamente aceitável

O papa Francisco afirmou hoje que a ciência "tem limites a respeitar" para bem da própria humanidade e que nem tudo é "aceitável eticamente", numa declaração durante uma audiência com especialistas em medicina regenerativa.

O papa recebeu hoje os participantes numa conferência internacional sobre medicina regenerativa convocada no Vaticano.

Perante os especialistas, Francisco defendeu que a ciência é "um meio potente para compreender melhor a natureza e a saúde humana".

Segundo o papa, a Igreja elogia todo o esforço de investigação e a sua aplicação para curar pessoas que sofrem, mas lembrou que um dos princípios fundamentais é que "nem tudo o que é tecnicamente possível é eticamente aceitável".

"A ciência, como qualquer outra actividade humana, sabe que tem limites a respeitar para bem da própria humanidade e necessita de um sentido de responsabilidade ética", afirmou, citado pelas agências de notícias internacionais.

O papa Francisco defendeu ainda a necessidade de basear os cuidados de saúde "na exigência de pensar em todos, especialmente em quem vive com problemas sociais e culturais que tornam mais precária a sua saúde e o seu acesso a tratamento".

Editorial

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