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Os camarões de José Avillez podem acabar de cozinhar numa mota?

Ana Taborda
Ana Taborda 29 de junho de 2020 às 20:37

Calma, a ideia é aproveitar os minutos de transporte da Uber Eats para que os ditos cujos cheguem a sua casa no ponto – e não secos. Também é por isso que o gelado vai passar a sair do Bairro do Avillez a 196 graus negativos

Foi preciso mudar as técnicas de cozinha para garantir que a Avelã ao cubo, uma das sobremesas mais pedidas nos restaurantes de José Avillez, conseguia aguentar a viagem de Uber Eats até casa dos clientes sem perder duas das suas texturas, a espuma e o gelado. "Foi talvez o prato mais complicado de colocar na carta, mas é um dos nossos bestsellers, acho que os clientes não nos iam perdoar se não o pusesse", explica à SÁBADO José Avillez. "Tivemos que acrescentar outro tipo de gelatina à espuma, para que se mantenha durante 37 minutos. E o gelado também passa por nitrogénio", acrescenta. Ou seja, em vez de sair da cozinha a no máximo 25 graus negativos, sai a 196, para sobreviver ao transporte. Não ouve testes em motas, admite o chef duas estrelas Michelin, mas houve funcionários a andar de um lado para o outro com caixinhas de gelado dentro de mochilas - até ver, a famosa sobremesa conseguiu resistir e a partir desta noite poderá recebê-la em sua casa.

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