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Odemira cria marca para valorizar medronho

A Câmara de Odemira criou a marca Medronho SW para valorizar e dar mais visibilidade ao produto e a todas as suas potencialidades

A Câmara de Odemira, no Alentejo, criou uma marca para valorizar o medronho produzido no sudoeste de Portugal e aumentar a penetração do produto no mercado e a margem de comercialização de produtores e comerciantes.

A marca "Medronho SW", que pode ser usada pelos produtores interessados e tem oslogan"Medronho que é medronho é do SW!", visa valorizar o produto e "todas as suas potencialidades", explica a Câmara de Odemira, no distrito de Beja, num comunicado enviado esta segunda-feira, 28 de Março, à agência Lusa.

Por outro lado, refere, osloganpretende "afirmar a marca, aumentado a penetração no mercado e elevando, consequentemente, a margem de comercialização de produtores e comerciantes".

Segundo a autarquia, a génese de criação da marca "entronca na estratégia de consolidação" do medronho como um produto do sudoeste de Portugal, que "extravasa" as fronteiras do conselho de Odemira e pretende "atrair a produção de qualidade" de outros concelhos, como os de Almodôvar, Ourique e Portel, no Alentejo, e Aljezur e Monchique, no Algarve.

A ideia "passa por não limitar" a marca "a um só território" e "Medronho SW" não deve ser encarada como uma marca do concelho de Odemira, mas "de um território com grande tradição na produção de medronho, como é todo o sudoeste de Portugal", sublinha o município.

De acordo com o vereador da Câmara de Odemira, Ricardo Cardoso, "a marca é suficientemente ampla e, ao mesmo tempo, confinada, para que possa ser absorvida por um conjunto de produtores interessados, que se identifiquem com o projecto e queiram acrescentar valor ao trabalho que está a ser criado, desenvolvido e promovido".

O medronho e a aguardente à base do produto têm "grande produção e qualidade" em Odemira e são considerados "produtos estratégicos para o desenvolvimento e dinamismo económico do interior do concelho" e "daí a vontade municipal em criar um programa de valorização" para o medronho, explica a autarquia.

Segundo o município, o "expoente máximo" do medronho é a aguardente, mas as potencialidades do fruto "vão mais além", já que também é usado para produção de outros produtos, como geleia, licor, melosa e bombons, "entre outras formas mais inovadoras de utilização actualmente em desenvolvimento".