Para Jorge Moreira da Silva, se não houver mais financiamento para os países em desenvolvimento não serão cumpridos nenhuns dos tratados internacionais, referindo-se ao Acordo de Paris, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou metas de biodiversidade e para os plásticos.
O subsecretário-geral das Nações Unidas Jorge Moreira da Silva defendeu esta terça-feira que é preciso mobilizar mais investimento público e privado para apoiar os países em desenvolvimento, para que se reduzam os problemas da degradação do oceano.
DR
"Portugal, o Reino Unido ou a União Europeia quando estão a anunciar aqui [na Conferência da ONU sobre o Oceano] compromissos financeiros estão apenas para o seu próprio território, para a economia do mar. Ora, isso não vai funcionar", alertou.
Jorge Moreira da Silva explicou em declarações à RTP e à Lusa que nos países do sul há 2.400 milhões de pessoas sem saneamento levando os esgotos diretos para o mar, nesses países não há tratamento de resíduos, o que significa que o plástico vai parar ao mar e a população não tem acesso a energia, está dependente de combustíveis fósseis, o que penaliza o mar através do aquecimento global.
"E por isso é muito importante que aqui de Nice não saia apenas uma mensagem tecnocrática para a economia do mar, mas que saia uma mensagem de solidariedade global", apelou.
Para Jorge Moreira da Silva, se não houver mais financiamento para os países em desenvolvimento não serão cumpridos nenhuns dos tratados internacionais, referindo-se ao Acordo de Paris, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou metas de biodiversidade e para os plásticos.
Além de financiamento, que está deficitário 117 vezes mais do que seria necessário, o responsável da ONU e ex-ministro português do Ambiente disse que "não basta atirar dinheiro, são precisas politicas públicas, ordenamento do espaço marítimo, restrição da poluição por plásticos, projetos de recuperação biodiversidade".
Considerou ainda que desde 2015 que não havia "um ano tão importante em termos de multilateralismo".
Nesse ano foram aprovados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Acordo de Paris para as alterações climáticas e o plano de ação de Adis Abeba para o desenvolvimento.
"Em 2025 estamos fora de pista" disse referindo que os ODS estão em incumprimento, a temperatura está numa trajetória para aumento da temperatura e falta financiamento na ordem dos 4 mil milhões de dólares (3.49 mil milhões de euros).
Jorge Moreira da Silva interveio hoje num dos painéis de discussão na Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3) sobre o financiamento da proteção do oceano.
A UNOC3 decorre junto ao porto de Nice, França, até sexta-feira e reúne delegações de mais de 100 países e 40 agências internacionais, bem como a comunidade científica e organizações ambientais.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro