Sábado – Pense por si

O vírus que nos deixou mais sozinhos

Ana Taborda , Lucília Galha , Vanda Marques 02 de maio de 2020 às 08:00

Reformados fechados em prédios sem ninguém, grávidas que estão sós no hospital, perder os pais e não se poder despedir. Solteiros e emigrantes longe da família e enfermeiras que só veem as filhas na soleira da porta. Como a pandemia nos afastou.

Dificilmente Henrique imaginaria faltar ao funeral da mãe porque viajar de avião se tornou impossível para uma pessoa comum. Tal como Rute nunca pensou falhar um aniversário da filha porque uma coisa chamada estado de emergência veio impor uma nova forma de vida a milhões de pessoas. O isolamento social não é, obviamente, inócuo. Vários estudos indicam que a solidão aumenta o risco de doenças e enfraquece o sistema imunitário. O impacto a longo prazo na saúde é o mesmo que fumar 15 cigarros por dia, revela um estudo publicado na Perspectives on Psychological Science. Segundo a revista The Lancet, a solidão é uma questão de saúde pública – está associada, por exemplo, a um aumento de 26% no risco de morte prematura. É possível combater a solidão mesmo estando sozinho? Estas sete pessoas provam que sim. 

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.