Sábado – Pense por si

O vírus que nos deixou mais sozinhos

Ana Taborda , Lucília Galha , Vanda Marques 02 de maio de 2020 às 08:00

Reformados fechados em prédios sem ninguém, grávidas que estão sós no hospital, perder os pais e não se poder despedir. Solteiros e emigrantes longe da família e enfermeiras que só veem as filhas na soleira da porta. Como a pandemia nos afastou.

Dificilmente Henrique imaginaria faltar ao funeral da mãe porque viajar de avião se tornou impossível para uma pessoa comum. Tal como Rute nunca pensou falhar um aniversário da filha porque uma coisa chamada estado de emergência veio impor uma nova forma de vida a milhões de pessoas. O isolamento social não é, obviamente, inócuo. Vários estudos indicam que a solidão aumenta o risco de doenças e enfraquece o sistema imunitário. O impacto a longo prazo na saúde é o mesmo que fumar 15 cigarros por dia, revela um estudo publicado na Perspectives on Psychological Science. Segundo a revista The Lancet, a solidão é uma questão de saúde pública – está associada, por exemplo, a um aumento de 26% no risco de morte prematura. É possível combater a solidão mesmo estando sozinho? Estas sete pessoas provam que sim. 

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É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro