Dominique Pélicot, acusado de drogar, violar a mulher e convidar outros homens para fazer o mesmo, referiu em julgamento: "Mesmo que ela não me ame mais, eu ainda a amarei".
O Ministério Público francês pediu, esta segunda-feira, a pena máxima de vinte anos para Dominique Pélicot, acusado de ter violado e drogado a mulher Gisèle Pélicot dezenas de vezes durante dez anos, além de ter recrutado homens na internet para também irem a sua casa violar a mulher.
REUTERS/Manon Cruz
"Peço que declarem Dominique Pélicot culpado de todos os factos de que é acusado", referiu a subprocuradora Laure Chabaud, enquanto outro representante do MP referiu ainda que "vinte anos é muito pouco tendo em conta a gravidade dos atos que foram cometidos e repetidos".
Além do homem de 71 anos, o processo conta com mais 49 acusados, entre os 26 e os 74 anos de idade.
O julgamento do caso começou em outubro quando Gisèle falou pela primeira vez em tribunal: "Sou uma mulher completamente destruída, não sei como é que vou conseguir recuperar disto. Dizem que sou muito corajosa. Não é coragem, é força de vontade e determinação para mudar a sociedade. Quero que todas as vítimas de violação digam: a senhora Pélicot conseguiu, nós também conseguimos. Quando somos violadas sentimos vergonha, mas não somos nós que temos de sentir vergonha, são eles".
No final da semana passada terminou o depoimento de Dominique, durante o qual o homem admitiu os crimes e referiu: "Nunca deveria ter feito isto, vou morrer como um cão. Mesmo que ela não me ame mais, eu ainda a amarei. Ela é parte daquilo que guardo dentro de mim". Dominique admitiu ter convidado dezenas de estranhos para a sua casa para que violassem a sua mulher, depois de a drogar.
Poucos dias antes, a mulher de 71 anos tinha feito um pedido ao Tribunal de Avignon: "É a hora de todos olharmos para esta sociedade machista e patriarcal e mudarmos a forma como se olha para uma violação. Eles devem assumir a responsabilidade pelas suas ações. Eles violaram. Violação é violação".
Também os filhos do casal pediram que os culpados sejam condenados com penas duras. "O que espero deste julgamento é que estes homens, e aquele homem no banco dos réus [o pai], sejam punidos pelos horrores que infligiram à minha mãe", disse David Pelicot, enquanto a sua irmã, Caroline, acredita que também foi abusada pelo pai. O outro irmão, Florian Pélicot, chegou a referir que o pai é "o próprio diabo".
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