Jean-Charles de Castelbajac desenhou 2 mil peças que serão usadas por 700 bispos, padres e diáconos durante a cerimónia de reabertura da catedral francesa.
Chama-se Jean-Charles de Castelbajac odesignerde moda escolhido para desenhar as vestes litúrgicas que 700 bispos, padres e diáconos vestirão na cerimónia de reabertura da Catedral de Notre Dame, no próximo dia 7 de dezembro. É um momento esperado desde o grande incêndio de abril de 2019.
AP Photo/Michel Euler
O convite ao designer francês de 74 anos, que garante ser um apaixonado pelo edifício, surgiu por parte do emissário do Arcebispo de Paris.
Foram criadas 2 mil peças em lã escocesa, dominadas pela cor branca com vários pormenores coloridos em veludo. Divertidas, modernas e minimalistas, estas vestes rompem, assim, com o estilo usado pelos religiosos nos últimos 900 anos.
"A luz e o seu brilho guiaram o meu gesto criativo, pensei no brilho da cor na pedra clara renascida da Notre-Dame. O meu trabalho concentrou-se no ritmo cromático e na força do ouro. Ecoando os vitrais, a cor é omnipresente nas casulas [vestes] brancas, ao redor da cruz dourada", justificou Jean-Charles no Instagram, ao comparar os fragmentos coloridos espalhados pelas vestes com o renascimento da catedral, cuja reabertura ao público acontece no fim de semana de 7 e 8 de dezembro.
AP Photo/Michel Euler
Não é a primeira vez que o designer francês cria vestes litúrgicas. Já o fez em 1997, quando criou vestimentas coloridas para o Papa João Paulo II, usadas na Jornada Mundial da Juventude, em Paris.
Estas peças foram, mais tarde, consagradas no tesouro de Notre Dame como uma relíquia. Contudo, perderam-se durante o incêndio.
"Enquanto observava o fogo pensei: 'As relíquias estão a arder? As relíquias estão seguras?' Portanto, o meu vínculo não era apenas material. É um vínculo espiritual forte", disse Jean-Charles citado pela agência Associated Press.
O seu fascínio pelas cores começou ainda em criança, num internato militar na Normandia – uma experiência que recordou como sendo sufocante e cinzenta. "Era a solidão absoluta. Era incolor", definiu.
Para Jean-Charles de Castelbajac, a cor tornou-se, assim, a sua salvação. "A cor era como o meu ursinho de peluche, o meu elemento de transição num mundo de conflito. Todas as manhãs os vitrais da igreja e os brasões do refeitório enchiam o meu mundo de cores primárias", explicou.
Além das vestes religiosas, o designer também é o autor de criações usadas por Beyoncé, Madonna e Rihanna. Também colaborou com artistas como Andy Warhol, Keith Haring e Jean-Michel Basquiat.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Está em causa uma decisão dos EUA que se traduz no bloqueio de bens, proibição de entrada no país e restrições financeiras a Francesca Albanese e familiares.
A ideia de que a IA pode tomar conta do mundo pode parecer cinematográfica mas é cada vez mais real. Contudo, a Apple divulgou um estudo no qual afirma que todos este modelos não pensam, apenas memorizam.
"Às vezes precisamos de lembrar que há diferentes formas de medir o tempo. Há o tempo dos adultos, cronometrado e urgente. E há o tempo das crianças, que se mede em sorrisos e abraços", explicou a juíza Dr.ª Isabel Moreira.
Agora existem os neo-fascistas. E Steve Bannon é um deles. E a sua influência global é enorme. E em Portugal os seus discípulos não se encontram apenas no Chega.