Sábado – Pense por si

Médico sem especialidade assume: "Não estou apto a ser médico de família"

Lucília Galha
Lucília Galha 20 de julho de 2022 às 08:00

Gabriel Santos Ferreira, 30 anos, exerce medicina há dois anos sem qualquer especialização. Apesar de estar a dar consultas num centro de saúde, não considera que tenha as competências necessárias para fazer o seguimento de uma lista de doentes. Afirma que mesmo que o Governo lhe propusesse essa possibilidade, não aceitaria.

O Orçamento de Estado para 2022 contempla uma medida que provocou um conflito entre o Governo e a classe dos médicos de Medicina Geral e Familiar. Prevê a contratação, a título excecional, de médicos sem especialidade, para assegurarem o acompanhamento de pessoas sem médico de família nos centros de saúde. Ainda no passado sábado, mais de 200 profissionais concentraram-se em frente ao Ministério da Saúde contra aquilo que consideram "um desrespeito". 

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.