O caso levou várias mães a denunciarem falta de apoio pós-parto. Enfermeiras não terão acedido ao pedido da mãe, que pediu que o bebé fosse para o berçário para a permitir descansar.
Em Roma, Itália, um recém-nascido morreu sufocado nos braços da mãe, quando esta adormeceu após ter passado por 17 horas de trabalho de parto. De acordo com a imprensa italiana, a mãe pediu ajuda às enfermeiras por se sentir cansada, querendo que o bebé fosse para o berçário: mas essa ajuda foi-lhe negada, a ela e às colegas de quarto. A resposta foi sempre "não é possível".
Há três noites que a mãe pedia ajuda, sem sucesso. O relato é do seu advogado, Alessandro Palombi. O menino, referido pela imprensa como M., morreu no dia 8 de janeiro, no hospital Sandro Pertini, na capital italiana. Não resistiu ao peso da mãe, que adormeceu enquanto o alimentava. As autoridades estão a investigar o caso, e os resultados da autópsia serão conhecidos num prazo de 60 dias.
O bebé em questão tinha nascido apenas três dias antes, a 5 de janeiro. De acordo com os regulamentos do hospital, a equipa médica tinha a obrigação de garantir que o bebé tinha sido colocado de novo no berço após a amamentação, o que faz com que os procuradores estejam a investigar se todas as normas de segurança foram cumpridas ou se houve algum tipo de negligência.
Uma outra mulher que se encontrava numa cama próxima ter-se-á apercebido que que o bebé corria riscos. Carregou no botão para chamar uma enfermeira, mas a resposta terá sido demasiado demorada e quando os funcionários chegaram ao quarto, o bebé já estava morto.
O advogado da mãe referiu que a mulher "se lembra de ter sido acordada de repente e o bebé não estar com ela". Foi então levada "para uma sala onde lhe contaram a trágica notícia".
O Ministério da Saúde italiano ordenou um relatório sobre o incidente e referiu que é preciso desenvolver um melhor apoio no pós-parto para as famílias nas maternidades. Neste momento, existe no país uma petição para exigir essas melhorias que já conta com mais de 100 mil assinaturas.
Dezenas de mães têm utilizado as redes sociais para partilharem as suas experiências de "abandono" no pós-parto, enquanto os sindicatos denunciaram a falta de pessoal, situação agravada pela pandemia de coronavírus.
"Poderia ter acontecido com qualquer um. Após 15 horas de trabalho de parto e uma cesariana de emergência, adormeci exausta com a minha filha Giulia no colo. Acordei a gritar porque ela já não estava ali a e pensei que tinha caído no chão, mas felizmente a minha mãe colocou-a no berço", refere uma mulher italiana.
A administração do hospital Sandro Pertini já garantiu cooperar com a investigação, no entanto, nega as acusações de um apoio pós-parto inadequado e garante que não existe falta de pessoal no departamento.
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