O apresentador já recebeu o sinal de venda do carro e vai substitui-lo por um elétrico - ainda não sabe qual, mas uma coisa é certa, diz à SÁBADO: "Não voltarei a ter um Tesla certamente".
Quando colocou o Tesla à venda, por 37.500 euros, o apresentador João Manzarra não imaginava que o seu carro "eticamente desconfortável" fosse notícia em toda a imprensa, nem que o boicote à empresa de Elon Musk atingisse as dimensões atuais.
"Sabia que podia escalar, mas nunca pensei que escalasse tanto, para tantos meios de comunicação, e que até fizesse com que os preços dos carros baixassem. Pelo menos eu senti isso nesta última semana. E eu próprio tive que baixar o valor do meu [carro]", diz à SÁBADO.
A venda do Y Long Range já está perto de ser concluída, acrescenta o apresentador. "Praticamente já vendi o Tesla. Já foi sinalizado e assim que a venda for efetuada farei o donativo." O donativo em causa - 10% do valor acordado - será entregue à Sunrise Movement, um movimento americano de apoio às alterações climáticas que é contra as políticas de Trump e dos seus aliados, como Musk, líder do departamento de eficiência governamental dos EUA.
"Tudo o que possamos fazer para que o Elon Musk possa perder um pouco do poder tem, e que me parece bastante perigoso, é benéfico para o mundo", defende o apresentador, que ainda não decidiu qual o próximo carro que vai comprar. Uma coisa é certa: será 100% elétrico.
"Sinto que esse é o caminho para diminuir a poluição das cidades, dos centros urbanos, para gastarmos menos recursos. Para mim está fora de questão ter uma carro a combustão. Há uns anos atrás sentia que a Tesla poderia eventualmente estar na vanguarda, mas nos dias que correm as marcas superaram-se e até há alternativas melhores, diferentes, portanto isso não é de facto um problema."
Como também está fora de questão ter outro carro ligado a Musk: "Até agora os meus consumos nunca foram pelo escrutínio dos donos das empresas, mas aqui, embora eu nunca tivesse tido muita simpatia pelo Musk, pelas suas excentricidades, a compra foi sempre separada, porque me pareceu que era o objeto que servia a minha vida em determinado. Mas agora, ao ver o Musk financiar o Trump, outros partidos de extrema-direita, para mim foi peso a mais. Acho realmente perigoso, acho perigoso para o mundo. Acho perigoso com quem ele anda, onde investe, o que promove. Não voltarei a ter um Tesla certamente."
Ataques à Tesla crescem
Nos últimos meses tem havido um aumento significativo nos protestos e atos de vandalismo contra a Tesla, com ataques a concessionários, veículos incendiados e disparos contra lojas. Desde o início do ano, pelo menos 30 carros foram vandalizados nos Estados Unidos. O incidente mais recente aconteceu no dia 18, em Las Vegas, quando cinco veículos da marca foram intencionalmente incendiados.
Em Bolsa, o cenário também não é simpático para Musk, que já admitiu estar a gerir a empresa "com grande dificuldade" - as ações caíram mais de 50% desde o pico de dezembro e as vendas registam igualmente uma tendência negativa. Em fevereiro de 2025, por exemplo, venderam-se 52,6% menos Teslas em Portugal do que em fevereiro do ano anterior. Se juntarmos os dois primeiros meses do ano, a queda foi de 45,1%. Uma situação semelhante à de países como a Noruega e da Dinamarca, onde as vendas caíram, respectivamente, 48% e 42%.
Apesar de continuar a ser o homem mais rico do mundo, Musk também tem visto a sua fortuna encolher: em apenas um mês, perdeu 70 mil milhões de dólares (64 mil milhões de euros).
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