A historiadora de arte Raquel Henriques da Silva considerou que a obra da artista plástica Helena Almeida, que morreu esta quarta-feira, em Lisboa, é "inovadora, tem talento, e sabedoria extraordinárias".
A historiadora de arte Raquel Henriques da Silva considerou, em declarações à agência Lusa, que a obra da artista plástica Helena Almeida, que morreu esta quarta-feira, em Lisboa, é "inovadora, tem talento, e sabedoria extraordinárias".
"Na opinião do meio da crítica nacional e internacional, Helena Almeida é um dos vultos mais importantes da história da arte portuguesa da segunda metade do século XX", avaliou.
A artista plástica Helena Almeida, de 84 anos, morreu hoje, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da galeria que a representa, Galeria Filomena Soares.
"É uma obra absolutamente extraordinária, que foi marcada, desde o início dos anos 1970, por uma grande originalidade, quando passa da pintura - sem a abandonar - para a fotografia. É profundamente inovadora na cena nacional e internacional, com o facto de ter usado a fotografia do seu corpo", acrescentou.
Recordou, como exemplos de originalidade, as fotografias em que Helena Almeida usava a pintura em manchas azuis nas fotografias em que aparecia a 'comer' essas manchas.
"Ela 'comia a pintura'", assinalou, acrescentando que, a partir dos anos 1990, Helena Almeida acrescentou um dado novo no seu trabalho que foi o uso do vídeo.
Recordou ainda a colaboração de cinquenta anos com o marido, o arquiteto e escultor Artur Rosa, que fotografou todo o seu trabalho.
"Foi uma parceria especial, até porque, nestes casos de casais de artistas, são os homens que se sobrepõem", comentou, recordando ainda a "grande beleza" da artista, que "continuou a retratar o seu corpo, mesmo já envelhecido, com grande dignidade".
Helena Almeida criou, a partir dos anos 1960, uma obra multifacetada, sobretudo na área da fotografia, tornando-se uma figura destacada no panorama artístico português contemporâneo.
As fotografias de Helena Almeida, com formação em pintura, foram sempre registadas pelo marido, o arquiteto e escultor Artur Rosa, também nascido em Lisboa, em 1926.
Helena Almeida nasceu em Lisboa, em 1934, cidade onde vivia e trabalhava, e estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, começando a expor individualmente em 1967, na Galeria Buchholz.
A artista representou Portugal na Bienal de Veneza por duas ocasiões: em 1982 e em 2005, e em 2004, participou na Bienal de Sidney.
Nos últimos anos, a sua obra tem sido exibida no âmbito de exposições individuais e coletivas em museus e galerias nacionais e internacionais.
Em 2015, apresentou uma exposição individual itinerante Corpus na Fundação de Serralves (2015), em Paris (2016), em Bruxelas (2016) e Valência (2017).
Em 2017, apresentou igualmente a exposição individual "Work is never finished" no Art Institute, em Chicago.
A sua obra está presente em coleções portuguesas e internacionais como: Coleção Berardo, Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação Serralves, Porto; Centro de Artes Visuales, Fundación Helga de Alvear, Cáceres; Fundación ARCO, Madrid; Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio; MEIAC - Museo Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz; Museu de Arte Contemporânea de Barcelona; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; MUDAM - Musée d'Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Tate Modern, Londres.
Helena Almeida: Obra inovadora, com talento e sabedoria
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.