Sábado – Pense por si

Ban Ki-moon lamenta morte de jovem que queria liderar ONU

O secretário-geral da ONU enviou uma carta à família de Raquelina Langa, a jovem moçambicana que aspirava liderar a ONU, onde escreve que o legado dela será longo

Raquelina Langa, conhecida por defender os direitos dos jovens e ter perguntado ao secretário-geral das Nações Unidas como poderia chegar àquele cargo, morreu aos 20 anos, de doença prolongada, em Maputo, segundo informou a Rádio ONU no sábado, citando o professor que a acompanhou, no verão de 2014, à ONU, em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas escreveu uma mensagem de condolências à família citada hoje pela Rádio ONU em que escreve que "apesar da sua vida curta, o seu legado será longo".

Para Ban Ki-moon, Raquelina Langa era a "personificação da razão pela qual o mundo precisa de investir na saúde, no bem-estar e no futuro das mulheres jovens".

A rapariga visitou a sede da ONU em 2014 a convite do próprio secretário-geral, depois de Ban Ki-Moon a ter conhecido em Moçambique, durante uma visita à escola que Raquelina Langa frequentava, em 2013.

Nesse dia, Raquelina Langa perguntou-lhe se por ser mulher poderia ser secretária-geral da ONU e o que teria de fazer para ocupar o cargo.

Segundo a Rádio ONU, Ban Ki-Moon disse ter sido inspirado por Raquelina Langa a apelar às mulheres para "sonharem grande".

A 12 de Agosto de 2014, Raquelina Langa foi uma das jovens que Ban Ki-Moon convidou para visitarem a ONU durante as comemorações do Dia Internacional da Juventude.

"Espero aprender para poder compartilhar com os meus colegas e poder compartilhar com os meus irmãos, tios e avós, com o pessoal da escola", disse Raquelina Langa em Nova Iorque, numa entrevista à Radio ONU.

"Creio que sim. Que não fique só no sonho, mas que se torne uma realidade. A lutar, vai-se longe", disse ainda, ao ser questionada se gostaria mesmo de ser secretária-geral da ONU.

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