Poroshenko vai encontrar-se com Merkel e Hollande para discutir a crise no leste separatista pró-russo
O Presidente da Ucrânia acusou hoje a Rússia de ter enviado três "grandes comboios militares" para o leste separatista pró-russo, horas antes de participar numa cimeira, em Berlim, com os homólogos alemão e francês sobre a crise ucraniana.
"Esta semana, três grandes comboios militares atravessaram a nossa fronteira em direcção a Lugansk, Donetsk [capitais das regiões rebeldes] e Debaltseve [nó estratégico que liga as duas capitais], declarou Petro Poroshenko, que se vai encontrar com Merkel e Hollande esta segunda-feira.
O chefe de Estado ucraniano falava por ocasião de uma marcha militar no centro de Kiev para assinalar o 24.º aniversário da independência da Ucrânia.
"Moscovo forneceu aos rebeldes até 500 carros de combate, 400 sistemas de artilharia e 950 veículos blindados", indicou Poroshenko, sem precisar em que período.
A Rússia "ainda não renunciou à ideia de uma intervenção indirecta ou de um assalto rebelde no interior do país", apesar das sanções ocidentais que "representam um duro golpe para a economia russa", acrescentou.
De acordo com Poroshenko, 50 mil soldados russos estão destacados na fronteira com a Ucrânia e nove mil responsáveis militares russos integram os 40 mil homens que combatem as forças ucranianas do leste separatista pró-russo.
Kiev e os ocidentais acusam a Rússia de armar os rebeldes do leste e de terem destacado na zona tropas regulares, o que Moscovo desmente regularmente.
Mais de seis mil pessoas, principalmente civis, morreram desde o início do conflito em Abril de 2014.
No próximo ano, considerou Poroshenko, a Ucrânia vai ser como uma pessoa que tem de "caminhar sobre uma fina camada de gelo onde cada passo imprudente poderá ser fatal".
"A guerra pela independência continua e só pode ser ganha com todos os esforços militares, talento diplomático, responsabilidade política e paciência de ferro", concluiu.
Ucrânia acusa Rússia de enviar comboios militares para rebeldes
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."