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Trabalhadores da Santa Casa de Gaia em greve por salários "mais dignos e justos"

26 de agosto de 2021 às 18:30
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O objetivo desta contestação é exigir estabilidade nos horários de trabalho que permitam a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar.

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia vão estar em greve na sexta-feira para reivindicar aumentos salariais, redução dos ritmos de trabalho e melhores condições de higiene e segurança, adiantou esta quinta-feira o sindicato.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte adiantou que os trabalhadores vão concentrar-se, a partir das 08:00, no Lar Almeida da Costa, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, onde deverá ser aprovada uma moção.

O objetivo desta contestação é exigir estabilidade nos horários de trabalho que permitam a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar, sublinhou.

Pedir a redução dos ritmos de trabalho "intensos" e melhores condições de saúde, assim como o "respeito" pela carga horária diária e semanal prevista na contratação coletiva e na lei é outro dos propósitos da greve, ressalvou.

O sindicato reforçou ainda que os trabalhadores querem a admissão de novos colaboradores para reduzir os ritmos de trabalho, substituir ausências e vagas e melhorar as condições de serviço aos utentes.

Prevendo uma "grande adesão à greve", a estrutura sindical referiu que os trabalhadores pretendem aumentos salariais "dignos e justos", anulação do "clima de pressão e assédio" existente e melhores condições de higiene, segurança e saúde.

Com esta paralisação, os funcionários da Misericórdia de Gaia pretendem ainda alertar para a necessidade da sua remuneração ser de acordo com as funções que exercem, tal como a sua classificação, reforçou.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte vincou que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia contratou novos trabalhadores para substituir os grevistas tendo, por isso, protestado junto da empresa e denunciado a situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

A Lusa tentou obter esclarecimentos da Misericórdia de Gaia, mas sem sucesso até ao momento.

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