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Sindicato de médicos diz que será muito difícil aceitar menos do que 15% de aumento

Lusa 28 de novembro de 2023 às 15:44
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"Passámos de 30% para 15%. Estamos em metade. Parece-me muito difícil entrarmos aqui num sistema de feira", criticou Jorge Roque da Cunha.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, afirmou hoje que será muito complicado aceitar menos do que o aumento salarial de 15% que propôs na última ronda negocial com o Ministério da Saúde.

Miguel Baltazar/Correio da Manhã

"Como nós dissemos, passámos de 30% para 15%. Estamos em metade. Parece-me muito difícil entrarmos aqui num sistema de feira. É a nossa proposta, clara, objetiva e sensata. (...) Há aqui uma oportunidade para que o Governo, finalmente, faça aquilo que não foi feito nos últimos meses", salientou, à entrada para 36.ª e última ronda negocial com o Ministério da Saúde.

Na mesma ocasião, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) disse que a contraproposta que vai apresentar na reunião com o Governo responde ao que os médicos necessitam para repor o poder de compra, não diferindo muito do reclamado aumento de 30%.

A Fnam e o SIM e a tutela estão hoje na 36.ª e última ronda negocial, após 19 meses de discussões com o Governo.

De acordo com o ministro, Manuel Pizarro, o Governo subiu a proposta anterior de 8,5% e propõe agora um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.

O Governo propõe um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A proposta iguala o salário base dos médicos (3.025 euros), representando um aumento de 5,5%, contra os 3,6% apresentados na última proposta e que mereceu a contestação dos sindicatos.

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