André Ventura adianta que o líder da Liga vai ter segurança especial, tal como sucedeu com a líder da extrema-direita francesa e presidente da Reunião Nacional, Marine Le Pen, quando esteve em Portugal.
O presidente da Liga, partido da extrema-direita italiana, Matteo Salvini, vai estar em Portugal entre 29 e 31 de maio, participando no I Congresso do Chega, em Coimbra, disse hoje à Lusa o líder do partido radical português.
André Ventura adiantou que o político transalpino estará em território luso entre sábado e segunda-feira, com direito a discurso no último dia da reunião magna da força política populista portuguesa, assim como outros representantes da Identidade e Democracia (ID), a família europeia destes partidos radicais.
O deputado único do Chega acrescentou que o líder da Liga vai ter segurança especial, tal como sucedeu com a líder da extrema-direita francesa e presidente da Reunião Nacional, Marine Le Pen, quando esteve em Portugal a apoiá-lo durante a campanha eleitoral à Presidência da República, em janeiro, estando os pormenores a ser ultimados com a Embaixada de Itália e o corpo de segurança pessoal da PSP.
Durante a campanha presidencial, Ventura enfrentou um dos maiores protestos por parte de ativistas antifascistas durante os 15 dias de estrada precisamente na Cidade dos Estudantes, permanecendo durante largos minutos no interior da Igreja de Santa Cruz, enquanto os manifestantes gritavam palavras de ordem, vigiados por um grande aparato de forças de segurança.
Salvini tinha tido presença prevista num jantar da campanha para as Presidenciais2021, em Viseu, no 38.º aniversário do deputado único do Chega, mas as negociações para o futuro governo de salvação nacional transalpino, liderado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, impediram a sua presença no repasto-comício.
O consensual presidente do conselho de ministros italiano estabeleceu acordos com quase todos os partidos do espetro político transalpino e a Liga ficou com a pasta da Indústria desde fevereiro, altura da tomada de posse de Draghi.
Salvini em Coimbra no final do mês para Congresso do Chega
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É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.