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Saída do chefe do Estado-Maior da Armada está acertada, mas não será para já

29 de setembro de 2021 às 14:06
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Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que António Mendes Calado mostrou "lealdade institucional" no exercício do cargo e realçou que nesta matéria "a palavra final é do Presidente da República".

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que a saída do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado, antes do fim do mandato está acertada, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.

Em declarações aos jornalistas, na Casa do Artista, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que António Mendes Calado mostrou "lealdade institucional" no exercício do cargo e realçou que nesta matéria "a palavra final é do Presidente da República".

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas referiu que não intervém habitualmente nestes casos, acrescentando: "Abro hoje uma exceção para esclarecer três equívocos e pôr um ponto final, portanto, naquilo que pode ser a especulação sobre esses equívocos".

"Primeiro equívoco: o senhor almirante chefe do Estado-Maior da Armada viu o seu mandato renovado a partir do dia 01 de março deste ano. Normalmente essa renovação dura dois anos, mas mostrou uma disponibilidade, com elegância pessoal e institucional, para prescindir de parte do tempo para permitir que pudessem aceder à sua sucessão camaradas seus antes de deixarem a atividade, de deixarem o ativo. E, portanto, nessa altura foi acertado um determinado momento para isso ocorrer, que não é este momento", disse.

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