Não contempla o acesso aos saldos bancários superiores a 50 mil euros, como o Governo pretendia
O decreto-lei que estabelece as novas regras no acesso e troca de informação bancária foi hoje publicado em Diário da República, sem contemplar o acesso aos saldos bancários superiores a 50 mil euros, como o Governo pretendia.
"Face à devolução, sem promulgação, de um decreto anteriormente aprovado pelo Conselho de Ministros que disciplinava o regime de comunicação e acesso automático a informações financeiras relativas a residentes, o Governo retoma desde já a iniciativa legislativa na parte relativa à aplicação e transposição para a ordem interna das obrigações a que Portugal se obrigou por força de tratados internacionais e da Directiva 2014/107/UE, do Conselho, de 9 de Dezembro de 2014, e que não suscitaram, aliás, reserva quanto à sua promulgação", lê-se no diploma.
"Ciente das circunstâncias conjunturais que justificaram um juízo de inoportunidade política por parte do Presidente da República, o Governo concluirá a disciplina desta matéria, essencial ao combate à fraude e evasão fiscal, logo que tais circunstâncias estejam ultrapassadas", indica o executivo.
Este diploma regula o regime de comunicação e acesso automático a informações financeiras relativas a residentes em Portugal e, antes do veto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o executivo propunha ainda acabar com o sigilo bancário para as contas superiores a 50 mil euros.
Na semana passada, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, já tinha dito que o Governo decidiu esperar por circunstâncias conjunturais adequadas para concluir a regulação desta matéria.
Em 30 de Setembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, justificou este veto considerando que é de uma "inoportunidade política" evidente, num momento de "sensível consolidação" do sistema bancário.
Publicado diploma sobre troca de informação bancária
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.