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PS foi o partido que propôs mais alterações ao Orçamento

10 de março de 2016 às 08:40
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Socialistas garantem que as propostas não têm impacto financeiro. Deputados começam hoje o debate do documento na especialidade

Começa hoje o debate do Orçamento do Estado para 2016 na especialidade. A discussão na Assembleia da República terá a duração de três dias e no conjunto, os partidos apresentaram mais de 200 propostas de alteração.

A votação final global está agendada para o dia 16 de Março.

A maior quantidade de alterações foi proposta pelo Partido Socialista: são mais de 60. O Bloco de Esquerda segue-se com 50 entradas. O PAN apresentou 30 propostas de alteração, o PCP 29, o PEV 16 e o CDS, 14. O PSD já tinha anunciado que não apresentaria propostas de alterações. Só os deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira é que avançaram com 12 entradas.

O Partido Socialista garante que as medidas propostas não têm impacto financeiro, indica a agência Lusa, e "salvaguardam o equilíbrio das contas públicas".

Do lado da esquerda, o BE quer um aumento do Complemento Solidário para Idosos e das pensões, o alargamento da tarifa social de energia e que as amas familiares continuem enquadradas pela Segurança Social, salienta a Lusa. Já o PCP optou por alterar a lei orçamental quanto aos desempregados, quer que seja reduzida a taxa máxima de IMI e deseja a reversão de várias Parcerias Público-Privadas. Já os Verdes defendem que o leite sem lactose conste do programa de leite escolar, e que a isenção de IMI deixe de estar condicionada à inexistência de dívidas ao Fisco ou à Segurança Social.

O PAN quer que sejam deduzidas no IRS as despesas com animais e pede o fim do pagamento de portagens para carros eléctricos.

À direita, o CDS-PP propõe por exemplo a eliminação do imposto sobre combustíveis.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.