Sábado – Pense por si

PS acusa BE de menosprezar trabalho feito pelas escolas

Catarina Martins argumentou que "um dos principais problemas das crises" que o país está a viver é a "ideia de permanente anúncio" pelo Governo, mas "sem que a medida tenha concretização".

O grupo parlamentar do PS apelidou hoje de "infelizes" as declarações feitas na terça-feira pela coordenadora do BE sobre o plano para a recuperação das aprendizagens, considerando que Catarina Martins está a "menosprezar" o trabalho feito pelas escolas.

"As declarações de ontem [terça-feira] da coordenadora do Bloco de Esquerda, menosprezando aquilo que tem vindo a ser feito, são infelizes", disse o deputado socialista Porfírio Silva, durante uma declaração na Assembleia da República.

Catarina Martins argumentou que "um dos principais problemas das crises" que o país está a viver é a "ideia de permanente anúncio" pelo Governo, mas "sem que a medida tenha concretização".

A propósito do "Plano 21|23 Escola+", apresentado na terça-feira pelo Governo, a dirigente bloquista referiu que "os professores que estavam a ouvir o anúncio do ministro da Educação e do primeiro-ministro terão pensado: Mas isto começa quando?".

Em resposta a estas declarações, o PS considerou que "é inadmissível" que se continue "a menosprezar aquilo que se faz" e "também é inadmissível" que se trate "mal" as comunidades educativas.

"Quando a coordenadora do BE diz que às escolas não se lhes pode pedir que se organizem agora em três meses, por faltarem três meses entre este momento e a abertura do ano letivo, esquece uma coisa muito importante. As escolas não vão agora começar a preparar-se. As escolas estiveram preparadas desde o primeiro dia, estiveram a dar resposta desde o primeiro dia", frisou Porfírio Silva.

Por isso, o deputado considerou que não se pode "menosprezar nem aquilo que a governação faz, e o poder político faz, na resposta às necessidades do país", nem "tratar como algo menos relevante aquilo que realmente se faz nas escolas".

Catarina Martins também disse que, durante o confinamento, "os computadores, em muitos casos, chegaram quando a escola voltou a ser presencial" e "os 3.000 professores já tinham sido anunciados no início do ano letivo e não chegaram".

Sobre a colocação dos docentes, o deputado socialista respondeu que os professores "chegaram no princípio do ano, aliás já lá estavam, porque foram colocados na colocação inicial do ano [letivo] passado".

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