Foram ouvidos tiros de bazuca e rajadas de metralhadora junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Militares entraram cerca das 17:20 no palácio governamental guineense, em Bissau, e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício, atacado hoje numa tentativa de golpe de Estado, mas o paradeiro dos chefes de Governo e de Estado é desconhecido.
Segundo fonte governamental, "cerca das 17:20 [hora local e em Lisboa], os militares chegaram ao Palácio do Governo e disseram aos membros do Governo para saírem" e o local ficou apenas com militares, acrescentou a mesma fonte, indicando desconhecer o paradeiro do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e do Presidente, Umaro Sissoco Embaló.
Quando começou o ataque, no decurso do Conselho de Ministros de hoje, alguns membros do Governo conseguiram fugir por um muro de vedação nas traseiras do palácio e confirmaram à Lusa que estão em segurança.
Desde a hora do almoço, já foram ouvidos tiros de bazuca e rajadas de metralhadora junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
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Estes incidentes na capital guineense decorrem dias depois de uma remodelação do executivo, decidida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que foi contestada inicialmente pelo partido liderado pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam. Posteriormente, o líder do Governo disse que concordava com a remodelação feita.
As relações entre o chefe de Estado e do executivo têm sido marcadas nos últimos meses por um clima de tensão, agravada nos últimos meses de 2021 por causa de um avião Airbus A340, que o Governo mandou reter no aeroporto de Bissau, onde aterrou vindo da Gâmbia, com autorização presidencial.
Entre os governantes afastados na remodelação está o ex-secretário de Estado da Ordem Pública guineense Alfredo Malu, que disse que a sua saída está relacionada com a sua atuação no caso do avião retido no aeroporto de Bissau.
Nas declarações aos jornalistas, o ex-secretário de Estado sublinhou que o Presidente da República considerou que foi da sua autoria a ordem de inspeção ao aparelho por parte de uma equipa de peritos norte-americanos.
O primeiro-ministro começou por dizer que o aparelho tinha entrado no país de forma ilegal e que trazia a bordo carga suspeita, mas dias depois afirmou, perante os deputados no parlamento, que uma peritagem internacional, por si solicitada, concluiu que não se tratava disso, mas sem mais detalhes.
Presidente e primeiro-ministro da Guiné Bissau em parte incerta após tentativa de golpe
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