"Compreendo alguma perplexidade já manifestada por alguns setores da nossa sociedade", afirmou Lucília Gago, lembrando que a decisão "não é definitiva".
A procuradora-geral da República admitiu hoje compreender "alguma perplexidade" manifestada por vários setores da sociedade a propósito da decisão instrutória da Operação Marquês, que desconsiderou a maioria dos crimes imputados pelo Ministério Púbico (MP).
"Compreendo alguma perplexidade já manifestada por alguns setores da nossa sociedade", afirmou Lucília Gago, à margem da apresentação de um relatório da Europol na Polícia Judiciaria, em Lisboa.
A responsável insistiu que a decisão de sexta-feira do juiz Ivo Rosa "não é definitiva" e que o MP já anunciou que vai interpor recurso.
De acordo com a procuradora-geral da República, esta poderá ser a oportunidade "para refletir e aprofundar certos temas que estão em cima da mesa".
No encontro, questionada sobre esta decisão instrutória, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, limitou-se a recordar a separação de poderes, afirmando: "As decisões judiciais têm de ser trabalhadas nos tribunais e revogadas pelos tribunais".
PGR compreende perplexidade sobre decisão instrutória da Operação Marquês
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.