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PCP: Passos e Portas escondem "os seus verdadeiros compromissos"

30 de julho de 2015 às 09:52
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João Oliveira, líder parlamentar do PCP, defende que as medidas eleitorais da coligação PSD/CDS-PP não devem ser consideradas "objectivos"

O presidente da bancada parlamentar do PCP, João Oliveira, afirmou na passada quarta-feira dia 29 de Julho que as declarações dos líderes da coligação PSD/CDS na apresentação do programa eleitoral para as legislativas "não são para ser levadas a sério pelos portugueses".

 

"A forma como os responsáveis pelo actual Governo [Pedro Passos Coelho e Paulo Portas] contradizem aquilo que tem sido a sua prática de quatro anos, como procuram esconder os seus verdadeiros compromissos e aquilo que pretendem para o país não pode obviamente conduzir a que estas palavras sejam encaradas pelos portugueses de forma séria", afirmou João Oliveira aos jornalistas na Assembleia da República após a apresentação do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente.

 

Para o líder parlamentar comunista, as medidas apresentadas por PSD e CDS não devem "ser sequer consideradas como verdadeiros objectivos destes dois partidos que têm apoiado o Governo nos últimos quatro anos", já que "a prática recente do Governo relativamente a algumas destas questões que foram hoje referidas nesta declaração de apresentação do programa eleitoral, contradiz as próprias intenções que são afirmadas".

 

"Paulo Portas atreveu-se inclusivamente a vangloriar-se como grande conquista do Governo o fim dos cortes nas pensões", afirmou João Oliveira, acrescentando que "é preciso lembrar que foi o Tribunal Constitucional que proibiu o Governo de impor os cortes permanentes nas pensões acima de mil euros que o Governo aprovou na chamada convergência de pensões com a contribuição de sustentabilidade".

 

"Os verdadeiros compromissos do PSD e do CDS", na opinião do deputado do PCP, "são com os cortes dos 600 milhões nas pensões, são com os cortes nos salários até 2019, são com a privatização da segurança social por via do plafonamento, onde de resto convergem com o Partido Socialista, são com a descapitalização da segurança social com a redução das contribuições".

 

O dirigente comunista continuou as críticas ao programa eleitoral da coligação Portugal à Frente afirmando que "os verdadeiros compromissos do PSD e do CDS são com a redução dos impostos sobre os lucros das grandes empresas, ao mesmo tempo que esmagam com impostos os empresários da restauração, por exemplo".

 

"Certamente com o detalhe do programa eleitoral do PSD e do CDS encontraremos muitas daquelas medidas que reflectem os compromissos do PSD e do CDS como a privatização na saúde e na educação, nomeadamente financiando escolas, hospitais e clínicas privadas com dinheiro do Orçamento do Estado, dinheiro dos impostos de todos os portugueses", sublinhou.

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