O Partido Comunista Português considera "militaristas" as decisões da União Europeia face ao tráfico de pessoas no Mediterrâneo
O PCP condenou, através de comunicado, as decisões tomadas pela União Europeia (UE) na segunda-feira resultantes do tráfico de pessoas através do Mediterrâneo, que classificou de "medidas militaristas".
"O PCP condena as medidas que, a pretexto do combate ao tráfico de migrantes, e hipocritamente tirando partido das recentes tragédias no Mediterrâneo, a UE anunciou ontem [segunda-feira]", escreve-se no texto distribuído esta terça-feira pelo gabinete de imprensa.
"A decisão de estabelecimento de uma força naval destacada para o alegado combate às redes mafiosas de imigração ilegal nas águas territoriais e costa da Líbia, constitui uma inaceitável ofensiva militarista violadora da soberania e integridade territorial da Líbia e do Direito Internacional que visa eternizar a ocupação militar, a ingerência e desestabilização dos países da bacia sul do Mediterrâneo, especialmente na Líbia", acusaram os comunistas.
Para o PCP, "as medidas como a que agora acaba de ser tomada não são solução para as tragédias no Mediterrâneo", contrapondo que "são, pelo contrário, uma intensificação da política militarista e intervencionista da União Europeia e da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN na sigla em inglês] que esteve na origem do massivo êxodo de migrantes que fogem da guerra e do caos patrocinado e promovido pela UE, como o foi a agressão e desestabilização contra a Líbia".
A União Europeia aprovou na segunda-feira uma operação naval para combater o tráfico de migrantes no mediterrâneo, anunciou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
A informação foi avançada na rede social Twitter pela Alta Representante para a Política Externa e de Segurança, após a reunião dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, que se realizou hoje em Bruxelas.
A operação, acrescentou Mogherini já em conferência de imprensa, tem como objectivo "acabar com o modelo de negócio" de que vivem as máfias, que se aproveitam dos muitos milhares de pessoas que todos os anos procuram melhores condições de vida na Europa, arriscando mesmo atravessar o mar Mediterrâneo em barcos sem condições.
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