Sábado – Pense por si

Passos: Mercado externo permite "sonhar muito mais alto"

O primeiro-ministro defende que não há razões impeditivas para Portugal não "inovar, investigar e investir"

Pedro Passos Coelho defendeu esta segunda-feira que os portugueses devem "olhar para o mundo com ambição", pensando numa economia global e não apenas na portuguesa ou na europeia.

 

"Se queremos realmente olhar para o mundo com ambição, precisamos de nos agigantar de certa maneira, de não achar que as coisas estão fora do nosso alcance", afirmou, durante uma conferência/jantar sobre "Oportunidades de investimento empresarial na cidade-região de Viseu".

 

Na opinião de Passos Coelho, Portugal tem "grandes investidores, grande capacidade de gestão, quadros com grande qualificação" e, por isso, "não há nenhuma razão para não inovar, investigar e investir com muita qualidade, crescendo a ritmos, a taxas muito mais fortes do que no passado".

 

"O que não podemos é dispersar-nos com teorias que prometem o céu e facilidade, quando, na verdade, o que nós precisamos é de focar a nossa atenção, os nossos recursos e a nossa sabedoria numa estratégia clara que possa responder favoravelmente àquilo que são as nossas limitações internas e as oportunidades que temos lá fora", frisou.

 

Dirigindo-se ao presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), o primeiro-ministro mostrou-se satisfeito por saber que a maior parte dos contractos para investimentos no concelho feitos recentemente estão "a olhar para o mercado externo".

 

Passos Coelho sublinhou que deveria ser assim em todo o país, porque "o mercado externo é muito maior" e permite "sonhar muito mais alto do que o mercado interno".

 

"Qualificaremos melhor o nosso mercado interno se olharmos, de facto, para a economia global e não apenas para a economia portuguesa ou para a economia europeia", acrescentou.

 

O primeiro-ministro referiu que, actualmente, Portugal consegue "exportar mais significativamente do que há quatro e cinco anos", o que considerou "uma vitória grande para a economia portuguesa e para os portugueses".

 

No seu entender, isso aconteceu graças à necessidade, "porque com a crise os empresários tiveram de se voltar ainda mais para o exterior", e também "porque a maior parte dos empresários percebeu que mesmo que um dia o mercado interno retomasse, havia um mundo lá fora muito importante" para onde dirigir as suas ambições.

 

"Porquê ficar a olhar para um mercado de seis ou de 10 milhões de consumidores, se temos o mundo inteiro para poder olha?", questionou.

 

Segundo Passos Coelho, "a necessidade hoje já não é tão grande e tão premente como há quatro e cinco anos e, no entanto, há empresários que não se esqueceram dos novos caminhos de exportação que conheceram".

 

"Já não querem estar a perder tempo só com o mercado interno, querem alargar as perspectivas de exportação", acrescentou.

 

No seu discurso, o primeiro-ministro defendeu também que é preciso "reequilibrar um pouco mais os pratos da balança" em termos do crescimento do país.

 

"Ao longo dos últimos anos, Portugal tem registado um crescimento muito desigual. Além de anémico, muito desigual", considerou, acrescentando que esse reequilíbrio se consegue "gerando qualidade na liderança local, na liderança regional".

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