Sábado – Pense por si

Papa pede "acesso livre" a lugares sagrados de Jerusalém

"Que israelitas, palestinianos e todos os habitantes da Cidade Santa, juntamente com os peregrinos, experimentem a beleza da paz", pediu na mensagem pascal.

O Papa Francisco pediu hoje "acesso livre" aos lugares sagrados de Jerusalém, onde confrontos nos últimos dias na Esplanada das Mesquitas entre a polícia israelita e palestinianos fizeram mais de 150 feridos.

"Que israelitas, palestinianos e todos os habitantes da Cidade Santa, juntamente com os peregrinos, experimentem a beleza da paz, vivam em fraternidade e acedam livremente aos lugares sagrados com respeito mútuo pelos direitos de cada um", afirmou na tradicional mensagem pascal "Urbi et Orbi".

"Pedimos paz para Jerusalém e paz para aqueles que a amam, cristãos, judeus e muçulmanos", acrescentou, na tradicional mensagem, diante cerca de 50 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Francisco rezou também pelos povos da América Latina, mas sem citar nenhum país em particular: "Que o Cristo ressuscitado acompanhe e ajude os povos da América Latina que, nestes tempos difíceis de pandemia, viram as suas condições sociais piorarem, em alguns casos, agravadas também por casos de crime, violência, corrupção e tráfico de drogas".

Na cerimónia, o Papa pediu também paz para a Ucrânia, Médio Oriente e continente africano, e apelou a "o Ressuscitado acompanhe o caminho de reconciliação que a Igreja Católica canadiana está seguindo com os povos indígenas", referindo-se a casos de abuso, tortura e maus-tratos a crianças indígenas em internatos católicos por ordem do governo canadiano.

"Queridos irmãos e irmãs, toda a guerra traz consigo consequências que afetam toda a humanidade: desde o luto e o drama dos refugiados, até a crise económica e alimentar da qual já se veem sinais", alertou, concluindo que "a paz é possível, a paz é necessária, a paz é a principal responsabilidade de todos", concluiu a sua mensagem.

Artigos Relacionados
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.