A OE diz que até setembro mais de 3.000 enfermeiros deixarão escolas e manifesta-se preocupada com as campanhas de recrutamento de diversos países europeus.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) apelou hoje à contratação de mais enfermeiros para acelerar o processo de vacinação e para permitir a estes profissionais o gozo de férias sem prejuízo do serviço.
Em comunicado, a OE diz que até setembro mais de 3.000 enfermeiros deixarão escolas e manifesta-se preocupada com as campanhas de recrutamento de diversos países europeus.
"Esta é a hora de o Governo contratar. Até Setembro, mais de 3.000 novos Enfermeiros deixarão as escolas para entrar no mercado de trabalho. Resta saber se entram em Portugal ou, mais uma vez, emigram. A opção não é só deles", defende a bastonária, Ana Rita Cavaco, citada no comunicado.
A responsável lembra, a este respeito, que há cerca de 20 mil enfermeiros emigrados, numa altura em que país precisa deles, e defende: "Este é o momento de o Governo contratar ou então está a assumir que quer continuar a exportar enfermeiros".
A Ordem recorda que, no ano passado, mais de 1.200 enfermeiros emigraram e que, só nos primeiros seis meses deste ano, 277 já solicitaram à OE declarações para esse efeito.
Sobre o eventual adiamento de férias destes profissionais, a OE diz-se "absolutamente contra" e aponta uma alternativa: a contratação dos recém-licenciados.
Tendo em conta que as listagens das instituições de ensino mostram que até setembro mais de 3.000 enfermeiros estarão prontos para começar a trabalhar, a OE já iniciou o processo de atribuição de cédulas, para que o processo não se atrase.
"Não basta abrir mais camas, se não há Enfermeiros para cuidar, ou anunciar o alargamento dos horários dos centros de vacinação, se não há Enfermeiros para vacinar", lembra ainda a bastonária, sublinhando a "luta contra o tempo" para acelerar a vacinação.
A OE diz ainda que já alertou o coordenador da 'task force' do plano de vacinação contra a covid-19 que os enfermeiros dos centros de vacinação "não podem sair do local, muitas vezes por 12 horas seguidas", sublinhando: "Ninguém pensou que precisam comer e beber água".
"É preciso assegurar condições mínimas a estes profissionais, como água e comida", acrescentou.
Em declarações na quarta-feira aos deputados da comissão parlamentar de saúde, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, disse que a vacinação contra a covid-19 conta com 4.730 profissionais de saúde, 620 dos quais médicos e 2.626 enfermeiros.
O mais recente relatório semanal da vacinação divulgado pela Direção-Geral da Saúde, mais de 5,7 milhões de pessoas (56%) já receberam pelo menos uma dose da vacina em Portugal e mais de 3,7 milhões (36%) têm a vacinação completa.
Ordem apela a contratação de enfermeiros para acelerar processo de vacinação
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