Sábado – Pense por si

Maçonaria feminina junta-se "ao luto" por Soares

"Socialista, republicano e laico, sem medo das palavras" e do que simbolizam, afirma o Grande Geral Capítulo Feminino, acrescentando que Mário Soares fez "o que ainda pouco se faz" em Portugal: "Dizer claramente o seu pensamento e o seu projecto, fazendo com eles actos políticos fortes"

A maçonaria feminina lamentou hoje a morte do antigo Presidente da República, Mário Soares, que considerou um pilar da construção da democracia e da liberdade em Portugal.

"O Grande Capítulo Geral Feminino de Portugal/Rito Francês junta-se, com emoção, ao luto do país e às honras fúnebres que as instituições e os cidadãos em geral dedicam ao grande patriota Mário Soares", lê-se na nota de pesar hoje divulgada.

O grupo feminino recorda Soares como "opositor sem trégua à ditadura, deportado e exilado".

"Socialista, republicano e laico, sem medo das palavras" e do que simbolizam, afirma o Grande Geral Capítulo Feminino, acrescentando que Mário Soares fez "o que ainda pouco se faz" em Portugal: "Dizer claramente o seu pensamento e o seu projecto, fazendo com eles actos políticos fortes".

"Para aquelas de nós que o conheceram mais de perto no partido que fundou, era um dos raros políticos capazes de ouvir todos com igual interesse, mulheres ou homens", afirmam as mulheres do Grande Capítulo, desejando que a memória do antigo Chefe de Estado ajude a manter a esperança numa sociedade coesa, justa e fraterna.

Mário Soares morreu no sábado, em Lisboa, e o Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.

O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de hoje.

O funeral de Estado, o primeiro desde o 25 de Abril, realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, e contará com as presenças dos Presidentes do Brasil e de Cabo Verde, além de outras personalidades internacionais, como o presidente do Parlamento Europeu.

Nascido a 07 de Dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.