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Japão pagará mil milhões às "mulheres de conforto" sul-coreanas

Cerca de 200 mil mulheres terão sido forçadas a prestar serviços sexuais a membros das tropas nipónicas entre a década de 30 e o fim da II Guerra Mundial

A Coreia do Sul e o Japão alcançaram hoje um acordo sobre o delicado assunto das escravas sexuais coreanas da II Guerra Mundial, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano.

O acordo vai ser "final e irreversível" se o Japão cumprir as suas responsabilidades, afirmou o chefe da diplomacia da Coreia do Sul, Yun Byung-Se, em declarações aos jornalistas, após conversações com o seu homólogo japonês, Fumio Kishida.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul e do Japão reuniram-se hoje, pelas 14 horas (5 horas em Lisboa), em Seul, para tratar da delicada questão das mulheres coreanas obrigadas a prostituírem-se pelo exército nipónico durante a ocupação japonesa (1910-1945).

O chefe da diplomacia do Japão, Fumio Kishida, anunciou que Tóquio se compromete a canalizar 1000 milhões de ienes (cerca de 7,6 milhões de euros) para um fundo de compensação às "mulheres de conforto".

Antigas "mulheres de conforto" aguardam pelas notícias acerca da reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul e do Japão num lar em Gwangju, Coreia do Sul

Em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sul-coreano, Yun Byung-se, o ministro nipónico expressou as "profundas desculpas" do Governo japonês pelo dano causado às mulheres coreanas.

Japão pagará mil milhões às 'mulheres de conforto' sul-coreanas
Japão pagará mil milhões às "mulheres de conforto" sul-coreanas

"O assunto das mulheres de conforto (...) ocorreu com o envolvimento do exército japonês (...) e o Governo japonês sente profundamente a sua responsabilidade", afirmou o ministro.

Estima-se que cerca de 200 mil mulheres - chamadas "mulheres de conforto" - tenham sido forçadas a prestar serviços sexuais a membros das tropas nipónicas, a maioria delas na China e na península coreana, entre os anos 30 do século passado e o final da II Guerra Mundial, em 1945.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.