Sábado – Pense por si

Jacob Zuma sobrevive a moção de censura

O presidente sul-africano foi resgatado pelo seu partido que conseguiu obter mais votos do que a oposição

A moção de censura apresentada contra o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi rejeitada esta terça-feira no Parlamento. O presidente sul-africano manteve-se à tona graças ao seu partido que o protegeu da oposição que o pretende ver destituido por alegados abusos de poder. 

A proposta, que foi rejeitada por 198 votos contra, 177 a favor e nove abstenções, acusava o chefe de Estado de corrupção - tem 738 crimes pendentes na Justiça - e responsabiliza-o por uma crise económica que fez perder o emprego a dois milhões de pessoas no país, desde 2009, ano em que chegou ao poder.

Esta moção de censura, a sétima que Zuma enfrentou como Presidente, foi a primeira em que os deputados puderam pronunciar-se por voto secreto.

O Presidente sul-africano vai poder manter-se no cargo após um intenso debate classificado como "espectáculo político" e mesmo como "golpe de Estado" pelo partido governante, e no qual a oposição chamou a Zuma "criminoso" e o acusou de "violar a Constituição".

Jacob Zuma, de 74 anos, tem pendentes na Justiça centenas de acusações de corrupção e, no ano passado, teve que devolver, por ordem do Tribunal Constitucional, meio milhão de euros de dinheiro público que gastou de forma irregular em obras de renovação da sua residência privada.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.