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Iraque: Número dois de Blair lamentar ter participado em "guerra ilegal"

Actual membro da Câmara dos Lordes, John Prescott assume que vai "viver o resto da vida com a decisão de declarar guerra [ao Iraque] e as suas consequências catastróficas"

O Reino Unido continua a tentar sarar as feridas provocadas pelo relatório Chilcot, que mostra que o Reino Unido partiu para a guerra no Iraque em 2003 "sem esgotar as opções pacíficas para um desarmamento" e que os planos para a ocupação do Iraque foram "completamente desadequados".

Desta feita, foi o número dois no governo de Tony Blair, John Prescott, que lamentou que o Reino Unido tenha participado numa "guerra ilegal e admitiu que viverá sempre com essa decisão e as suas consequências.

 

"Vou viver o resto da minha vida com a decisão de declarar guerra [ao Iraque] e as suas consequências catastróficas", afirmou John Prescott, através de um artigo no jornal britânico Sunday Mirror.

 

"Em 2004, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, defendeu que, se o primeiro objectivo da guerra era a mudança de regime, então ela era ilegal. Com grande tristeza e raiva, agora acho que ele estava certo", escreve Prescott, actual membro da Câmara dos Lordes.

 

O documento critica duramente as decisões tomadas pelo ex-primeiro-ministro trabalhista em relação à guerra do Iraque, na qual morreram 179 soldados britânicos.

 

A alegada posse, pelo regime iraquiano, de armas de destruição maciça, nunca comprovada, foi a principal justificação para a participação do Reino Unido na invasão do Iraque, em Março de 2003, quando Tony Blair liderava o governo britânico.

 

No mesmo dia da divulgação do relatório, Tony Blair pediu desculpa, mas disse ter agido de "boa-fé" e no "melhor interesse" do Reino Unido.

 

Cerca de 150 mil iraquianos morreram durante os seis anos seguintes à invasão do Iraque, dominada pelas tropas norte-americanas, com forças britânicas e o apoio de militares da Austrália e da Polónia.

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