ONU considera "crucial que se faça uma investigação sobre a forma como as coisas ocorreram" e diz que "qualquer tipo de violência política é condenável e é importante que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo".
REUTERS / Pedro Nunes
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou-se "chocado" com a tentativa de assassínio da vice-Presidente da Argentina, tendo condenado a violência do ataque e manifestado solidariedade para com o Governo e povo argentinos.
"O secretário-geral está chocado com essas notícias. Ele condena esta violência e expressa a sua solidariedade com a vice-presidente, com o Governo e com o povo da Argentina", disse Eri Kaneko, uma das porta-vozes de Guterres, durante um 'briefing' à imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque.
Um homem foi detido na quinta-feira na capital argentina após ter tentado disparar uma arma de fogo contra Cristina Kirchner, numa altura em que a vice-Presidente participava numa vigília com apoiantes, na zona onde reside. O atacante infiltrou-se entre os participantes da vigília.
O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, informou que o ataque só não foi levado às últimas consequência porque a arma de fogo usada pelo agressor não disparou.
Antes de Guterres se ter pronunciado sobre o ataque, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos já tinha condenado a tentativa de assassinato e pedido que sejam esclarecidos todos os elementos relacionados com a agressão ocorrida na quinta-feira em Buenos Aires.
"Estamos em choque e é crucial que se faça uma investigação sobre a forma como as coisas ocorreram", disse, em Genebra, a porta-voz do organismo da ONU, Ravina Shamdasani.
"Qualquer tipo de violência política é condenável e é importante que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo", acrescentou Shamdasani.
A Argentina vive um período de forte tensão política porque Kirchner (ex-Presidente da Argentina) enfrenta um processo judicial por corrupção.
Os apoiantes da atual vice-Presidente têm-se reunido nas ruas em redor da casa onde reside desde a semana passada, quando um procurador solicitou a pena de 12 anos de prisão para Kirchner, bem como uma proibição vitalícia de exercer cargos públicos, no âmbito de um caso de alegada corrupção em obras públicas quando foi Presidente (2007-2015).
O atual chefe de Estado argentino, Alberto Fernández, disse que este é o "incidente mais grave" desde o regresso da Argentina à democracia, em 1983, e exortou os líderes políticos, e a sociedade em geral, a repudiarem o incidente.
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