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Guiné Equatorial proíbe noticias sobre julgamento de ex-Presidente

01 de fevereiro de 2016 às 17:08
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O Presidente Teodoro Obiang Nguema proibiu a televisão estatal de fazer a cobertura noticiosa do julgamento do ex-presidente da Costa do Marfim por crimes contra a humanidade

Teodoro Obiang Nguema proibiu a televisão estatal de fazer a cobertura noticiosa do julgamento do ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, por crimes contra a humanidade, a decorrer em Haia.

"Fomos proibidos de transmitir o julgamento por causa da amizade dele com o nosso Presidente", disse um alto responsável da estação televisiva estatal, referindo-se a Obiang.

A estação RTNGE, que emite em espanhol, é vista por cerca de 85% da população.

As acusações contra Gbagbo prendem-se com a violência pós-eleições na Costa do Marfim em 2010-2011, que também foi mantida fora dos ecrãs na Guiné Equatorial devido ao que as autoridades afirmaram ser o princípio de "não-ingerência nos assuntos internos de outro país".

Gbagbo começou na semana passada a ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia por crimes de guerra e crimes contra a humanidade pelo papel que alegadamente desempenhou na onda de violência que fez cerca de 3.000 mortos.

Mas quando o ex-dirigente costa-marfinense foi transferido para Haia em 2011, a seguir à sua detenção, Obiang instou os líderes africanos a boicotarem o TPI.

O Presidente da Guiné Equatorial, que tem 73 anos, é o governante há mais tempo no poder no continente africano, tendo assumido o cargo na sequência de um golpe de Estado, em Agosto de 1979.

Obiang já fez saber que se vai candidatar a mais um mandato de sete anos nas eleições que se realizarão este ano no país e que é regularmente alvo de críticas de organizações de defesa dos direitos humanos, bem como de observatórios anti-corrupção.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.