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França preocupada com instabilidade no Gabão

O Governo francês manifestou-se hoje extremamente preocupado com a violência pós-eleitoral no Gabão. A reeleição do Presidente Ali Bongo por uma estreita margem desencadeou protestos no país africano que já mataram duas pessoas

Milhares de manifestantes saíram à rua em Libreville, acusando o Governo de fraude eleitoral, depois de Ali Bongo ter sido reeleito Presidente por uma estreita margem, contra o rival Jean Ping.

Segundo os resultados oficiais, o chefe de Estado gabonês cessante venceu as eleições presidenciais com 49,80% dos sufrágios, derrotando Ping (48,23%) por 5.594 votos num universo de 627.805 votantes inscritos.

A oposição contesta os números e exigiu, em vão, uma contagem dos boletins de voto em cada uma das assembleias de voto.

Duas pessoas morreram e mais de 12 ficaram feridas quando as forças de segurança do Gabão entraram na sede da oposição hoje de manhã.

O Governo francês manifestou-se hoje "extremamente preocupado" com a violência pós-eleitoral no Gabão e instou as diferentes partes a exercerem "máxima contenção".

"Não há lugar para violência num processo eleitoral", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros,MarcAyrault, em comunicado, referindo aos relatos de confrontos mortais após a reeleição do Presidente AliBongo na antiga colónia francesa.


Também a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, e o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, pediram às autoridades gabonesas a divulgação dos resultados de todas as assembleias de voto do país, em vez de apenas os totais nacionais, por terem dúvidas quanto à transparência do escrutínio.

Uma preocupação que não é partilhada pelo Presidente reeleito, que já veio a público para se congratular com uma eleição "exemplar", "com paz e transparência".

"Quero falar sobre a nossa principal vitória: esta eleição é exemplar", declarou Ali Bongo no seu primeiro discurso após o anúncio da Comissão Eleitoral Nacional, saudando "o povo gabonês, que votou com paz e transparência".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.