O Bundestag decidiu retirar a Schröder alguns dos seus privilégios como ex-dirigente do país devido à sua proximidade com a Rússia e com Vladimir Putin.
O ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, próximo do Presidente Vladimir Putin e sob fortes críticas desde o início da invasão russa da Ucrânia, abandonou o conselho de administração da Rosneft, anunciou hoje o grupo petrolífero russo.
Segundo a Rosneft, a maior empresa petrolífera russa, Schröder informou o grupo de que não podia prolongar as suas funções como presidente do conselho de administração.
A par de Gerhard Schröder, o também alemão Matthias Warning, vice-presidente do conselho de administração da petrolífera e diretor executivo da empresa russa de gasodutos Nord Stream 2, deixou a companhia.
Na quinta-feira, o Bundestag - a câmara baixa do parlamento alemão - decidiu retirar ao antigo chanceler alguns dos seus privilégios como ex-dirigente do país devido à sua proximidade com a Rússia e com o Presidente, Vladimir Putin.
"Os grupos parlamentares da coligação [do Governo] tiraram as consequências do comportamento do ex-chanceler e lobista Gerhard Schröder face à invasão russa da Ucrânia", referiu a comissão parlamentar do Orçamento.
O Governo de coligação na Alemanha - que reúne sociais-democratas, ecologistas e liberais -- já tinha anunciado na quarta-feira que pretendia remover as vantagens atribuídas ao antigo chanceler do país Gerhard Schröder (1998-2005), na sequência das suas ligações profissionais com empresas de energia controladas pelo Estado russo.
A coligação governamental também justificou a decisão com o facto de "o ex-chanceler Schröder já não assumir nenhuma obrigação contínua relacionada com o seu cargo".
Os membros do Parlamento Europeu aprovaram, também na quarta-feira, por grande maioria, uma resolução não vinculativa pedindo-lhe nomeadamente para se demitir dos seus cargos.
No início deste ano, a equipa de Schröder demitiu-se e o ex-chanceler enfrentou uma onda de indignação de ex-aliados políticos quando o jornal norte-americano The New York Times o citou dizendo que o massacre de civis na cidade ucraniana de Bucha "tinha de ser investigado", mas que ele não acreditava que as ordens tivessem partido de Vladimir Putin, seu amigo de longa data.
O ex-chanceler está sob pressão desde o início da invasão russa da Ucrânia, dado que, ao contrário da maioria dos ex-líderes europeus com funções em empresas russas, Schröder não renunciou aos cargos, tendo sido, desde então, destituído de honras por várias cidades e alvo de pedidos para a sua expulsão do Partido Social-Democrata Alemão (SPD).
Ainda assim, o antigo líder garantiu, em abril, que não tinha intenção de renunciar aos cargos a menos que Moscovo interrompesse as entregas de gás à Alemanha.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 86.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Ex-chanceler alemão deixa administração de petrolífera russa
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.