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Espanha: Está garantido que não há eleições no Natal

20 de outubro de 2016 às 17:35
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O texto aprovado reduz ainda para metade o limite máximo de despesas que cada partido político pode fazer durante a campanha

O parlamento espanhol aprovou hoje em Madrid uma reforma eleitoral para evitar que umas hipotéticas terceiras eleições legislativas tenham lugar no Dia de Natal, no caso de fracassar a actual tentativa de investidura de Mariano Rajoy.

Partido Popular (PP, direita), Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e Cidadãos (C´s, centro) aprovaram a alteração da lei eleitoral que reduz de 54 para 47 dias o prazo entre a convocação de eleições e o dia de ida às urnas, com a campanha eleitoral a ser reduzida de 15 para 8 dias.

O texto aprovado reduz ainda para metade o limite máximo de despesas que cada partido político pode fazer durante a campanha, e reduz em 30% as subvenções que recebem as candidaturas pelos votos e lugares obtidos.

A reforma tinha de ser aprovada antes do fim deste mês e faz-se apesar de, neste momento, ser mais provável a formação de um novo governo.

O PSOE reúne este domingo o seu Comité Federal, o órgão mais importante entre congressos, para tentar chegar a acordo para que os seus deputados permitam, através da sua abstenção, a investidura de um novo Governo liderado por Mariano Rajoy, líder do PP e presidente do executivo de gestão desde 20 de Dezembro de 2015.

Desde esse dia que os quatro partidos mais importantes em Espanha (PP, PSOE, a coligação de esquerda Unidos Podemos e Cidadãos) não conseguem chegar a acordo sobre a formação de um novo Governo, e isto apesar dos espanhóis terem ido às urnas uma segunda vez, em 26 de Junho.

No caso de um novo Governo não entrar em funções até ao fim deste mês, o rei Felipe VI terá de dissolver o Congresso dos Deputados (parlamento) e marcar eleições que com a reforma eleitoral seriam a 18 de Dezembro.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.