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Cortes "não põem em causa" a capacidade das Forças Armadas

26 de novembro de 2016 às 15:48
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"Estamos a falar de contenção, não de cortes e, muito menos, cortes definitivos", assegura o ministro Azeredo Lopes

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, assegurou, este sábado, que os cortes na área das Forças Armadas "não põem em causa a operação nem a capacidade" daquela estrutura e explicou a necessidade de "contenção" com o cumprimento de compromissos governamentais.

"O Governo comprometeu-se, perante os cidadãos e internacionalmente, com determinados objectivos, nomeadamente em termos de défice, que tem um impacto gigantesco na nossa credibilidade e na forma como podemos, doravante, gerir o futuro", explicou Azeredo Lopes, em declarações aos jornalistas à margem de uma cerimónia em Matosinhos, distrito do Porto.

A edição deste sábado do jornalCorreio da Manhãindica que o Governo deu ordens aos três ramos das Forças Armadas para cortarem cerca de 32 milhões de euros até ao fim do ano: 14,5 milhões no Exército, 9,5 milhões na Marinha e 7,9 milhões na Força Aérea.

"Estamos a falar de contenção, não de cortes e, muito menos, cortes definitivos, até porque, para este ano e no orçamento de 2017, mantém-se a não cativação da lei de programação militar e integra-se, agora, a não cativação de verbas na lei de infraestruturas militares", acrescentou.

De acordo com o ministro, "não há cortes nas Forças Armadas que não sejam cortes transversais na área da governação". "Do que se trata é de uma gestão cuidadosa para garantir objectivos tidos como fundamentais pelo governo", disse.

Segundo o governante, os "sacrifícios" em causa são um "ajuste na execução orçamental aplicados transversalmente à acção da Defesa Nacional".

Para Azeredo Lopes, estão em causa "sacrifícios contidos" que "cada uma das unidades de governação" tem o "dever de fazer" para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo, nomeadamente com o cumprimento do défice.

Azeredo Lopes esteve em Matosinhos a acompanhar a ministra do Mar na apresentação da estratégia industrial das energias renováveis oceânicas e do sistema Costa Segura.

De acordo com o ministro, este sistema deverá, em 2018, cobrir todo o território nacional com "radares e sistemas de detecção instalados ao longo da costa" para garantir melhores condições de "deteção de situações de risco e salvamento".