Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.
Ainda a corda, a tal corda que personifica cavar a própria ruína. Que lhe déssemos para que o próprio se matasse metaforicamente, no caso de tombar na tentação de virar o barco no sentido da política. A democracia não precisava de militares. Foi o que disse, algures no tempo. Por conseguinte, estava tudo certo; vice-Almirante no mar e políticos em terra. Em quatro anos a decisão afundou-se no caldo. As circunstâncias do país mudaram e o dever cívico chamou-o, provavelmente em voz muito baixinha, para ser alternativa. O mundo mudou. É o que normalmente acontece na vida. Mas a decisão de marchar em direcionar ao palácio Belém, já promovido almirante, após ler uma notícia no Expresso de que Marcelo Rebelo de Sousa pretendia travar a sua candidatura presidencial através da sua recondução como chefe da Armada. Ficou danado, danado, e essa sensação de fúria educada definiu o rumo. Portanto, foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso. Como se fosse uma resposta, um tabefe sem luvas. Bem, algo vai mal e não é só no reino da Dinamarca. Hamlet de Shakespeare adoraria ter assistido aos debates presidenciais. O duelo entre Gouveia e Melo e Marques Mendes assenta na não finitude da desgraça a que um humano consegue chegar. Perito em levantar suspeitas sem a mínima consistência, devia ter feito trabalho de gabinete. Insinuar, aliás, considerar uma denúncia anónima arquivada seja, se pareça, tenha elos com favores da justiça, lembra indecência. Torce nariz e os olhos ficam arroxeados para acreditarmos o quanto não gosta de José Sócrates. Não convence. O povo ordena e há anos deixou de comer cornettos na testa. O assessor de comunicação que escolheu é exactamente o mesmo do animal, outrora, feroz. Move lábios e boca, contudo o que diz, desculpem a franqueza, vem de outra voz, essa voz que deu voz ao Sócrates agora da Ericeira e do Brasil e idem do Dubai. Não se pede dignidade, não se diz que se é transparente, a biografia prática encarrega-se de mostrar. Semelhanças com André Ventura são aos molhos, embora o patrão do Chega consiga ser muito mais eficaz no combate. Para começar e acabar, o Presidente é um órgão de soberania que garante a independência nacional. A coisa já começa ao estilo gelatina. Querer mostrar independência é a bengala de luxo que têm em comum a maioria de almas fantasmas que pretendem ser o mais alto magistrado da nação. Sobram dedos, ao contá-los. A maioria não é independente, Vieira só é útil nas eleições de matraquilhos, todos vêm com vincadas tonalidades políticas, aliás é através dos seus partidos que soubemos que nasceram. O almirante elegeu para mandatário nacional da candidatura de Rui Rio, antigo presidente do PSD, corrido pelo próprio PSD por associar a sua liderança a derrotas eleitorais e ao crescimento da extrema-direita. Um mal não vem sozinho. Luís Marques Mendes, político residente da tela nacional, de Durão Barroso e de Cavaco Silva. No desgaste, manteve-se no posto, de outra maneira, claro, passou a comentar na televisão, o trampolim, outrora usado por Marcelo Rebelo de Sousa, para atrair simpatia dos telespectadores aka votantes. Fez muito mal a muita gente do PSD. Pedro Santana Lopes está com a razão do seu lado. Há vinte anos, enquanto presidente do partido social-democrata, avisou aos companheiros, Luís Marques Mendes, e até os surdos ouviram: aqueles que forem arguidos têm que se demitir e nessa leva de justiceiro ambulante deitou abaixo uma raridade na política, António Pedro Carmona Rodrigues. Obrigada, obrigadinha, António Costa devia dizer todas as manhãs a Marques Mendes. A decisão de tratar como culpados os, então, arguidos sociais-democratas, ou aqueles que contavam com o apoio do partido, que estivessem em incumbências políticas, levou Costa, António, a apanhar o TGV de alto cargos, e segue a embalar-se na Europa em consequência dessa alucinação de Marques Mendes.
Pode afirmar dia sim, dia sim, que será presidente de todos os portugueses. Até pode a sinceridade posicionar-se no auge, contudo António José Seguro é a imagem de um deputado socialista, secretário de estado adjunto do governo de António Guterres, e antes do pântano, foi seu ministro-adjunto. Secretário-geral do PS até à rivalidade com António Costa, seguiu o caminho para as Caldas da Rainha, e recebeu o apoio do Largo do Rato, mas António, que preside ao conselho europeu, nem um ai, nem um ui . Silêncio que não se canta o fado. Os restantes candidatos alinhados à esquerda e extrema-esquerda gostam de ter percentagens que necessitam de dioptrias, caso contrário desistiriam para apoiar Seguro, que no debate pôs inseguro o almirante. É uma metralhadora com balas indetermináveis. Parece que matam. Não matam. Perdeu a capacidade de ouvir. Fala, fala, como um boneco com pilhas de duração infinita, interrompe, abana a cabeça, varre a boca com suor. É verdade, não vem com a ladainha de independência e imparcialidade, quem votar em André Ventura sabe para aonde vai. Mário Soares contou com o apoio institucional do PS, fraturado com a candidatura de Salgado Senha, na segunda volta, o PCP engoliu um sapo e apelou ao voto em Mário Soares, não por amor, não, o objectivo era derrotar Diogo Freitas do Amaral. Jorge Sampaio mereceu apoio oficial do PS e da esquerda dita unida, encostou à box Aníbal Cavaco Silva. Reeleitos por dois mandatos, Soares e Sampaio, dois presidentes que souberam concretizar o que verdadeiramente garantiram; seriam o presidente de todos os portugueses. E foram, foram sem recorrer à cantilena que não estavam ligados a fulano e sicrano.
Cavaco Silva, quando finalmente eleito, inovou a candidatura Independente: não concorreu como candidato oficial do PSD, embora tenha contado com o apoio formal e logístico do PSD e do CDS-PP. Fino. Lá está, esqueceu-se de que sabemos comer gelados pela boca. Radical, Marcelo Rebelo de Sousa, optou por suspender formalmente a sua militância no PSD durante o exercício das suas funções. É julgar que se limpa um passado inteiro com a entrega do cartão de militante. Ramalho Eanes, figura tutelar da democracia portuguesa, goste-se ou não se goste, expressou à moda militar que o anúncio da candidatura de Henrique Gouveia e Melo não respeitou o calendário eleitoral ideal. Vésperas das eleições legislativas. A ninguém lembraria. Cada coisa tem o seu tempo e é inteligente respeitar o tempo, frase de António Ramalho Eanes, o primeiríssimo Presidente da República eleito por sufrágio directo e universal após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Nunca precisou de citar cordas.
Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.
Invadiram uma escola na Nigéria sequestraram cerca de 300 alunos e professores. Na sede do Bloco de Esquerda, no site esquerda.pt, na espuma de Mariana Mortágua e na antiquíssima modelo Aparício, imperou o silêncio violento.
O jornalismo não alimenta isto ou aquilo só porque vende ou não vende. As redações distanciam-se completamente de uma registadora. A igreja, logicamente, isenta-se de alimentar algo que lhe é prejudicial.
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.
"From the River to the Sea", desde o rio até ao mar é tudo deles, resumidamente, a convulsão de delírio consiste em varrer com Israel, a única democracia da região, única.
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Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.
A ameaça russa já começa a ter repercussões concretas no terreno. É disso exemplo as constantes e descaradas incursões de aeronaves russas, principalmente drones, em território europeu.
A análise dos relatórios oficiais, alicerçada em factos e não em perceções, demonstra que o desempenho do Ministério Público continua a pautar‑se por exigência técnica, rigor e eficácia, mesmo perante constrangimentos evidentes de recursos.