Sábado – Pense por si

COI recusa levantar suspensão de 14 meses ao Kuwait

Governo interferiu nas entidades desportivas. Medida será discutida a 9 e 10 de Janeiro

O Comité Olímpico Internacional (COI) recusou hoje levantar a suspensão de 14 meses à filiada do Kuwait por interferência do governo nas entidades desportivas.

Em causa está o organigrama legislativo, que levou também à intervenção da FIFA e à suspensão da Federação de Futebol do Kuwait, um castigo que o organismo que superintende o futebol mundial aplica pela segunda vez desde 2010.

A 23 de Dezembro, as autoridades desportivas do Kuwait solicitaram ao COI e à FIFA o levantamento temporário das suspensões "até a legislação ser revista".

Na resposta aos responsáveis governamentais, em carta enviada no sábado, o COI disse "não estar em posição de reconsiderar a situação" até o país adoptar legislação que se adeque à Carta Olímpica.

As autoridades desportivas do Kuwait garantem estar a fazer "esforços relevantes" para levantar as suspensões e que o Parlamento está a trabalhar para efectuar os ajustes legais exigidos, o que não sensibilizou COI.

"A situação deteriorou-se significativamente nos últimos meses devido a uma série de decisões tomadas que violam os princípios e regras da Carta Olímpica e que têm forçado o COI a reagir em conformidade e reiterar a sua posição", podia ler-se na carta enviada ao ministro de Estado do Kuwait para os Assuntos da Juventude, o xeique Salman Sabah Al-Salem Al-Humoud Al-Sabah.

O COI também exigiu que as autoridades "dissolvam o actual elenco do Comité Olímpico do Kuwait e demitam os responsáveis de todos os organismos desportivos nomeados pelo Governo e que não são reconhecidos" pela mais alta instância olímpica mundial.

Esta medida do COI pode influenciar os membros do Comité Executivo da FIFA, que vão debater o assunto na reunião marcada para 9 e 10 de Janeiro.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.