Ourmières-Widener adiantou ainda que quando o ministro das Finanças, Fernando Medina, lhe perguntou se se queria demitir, a resposta foi negativa "porque não tinha feito nada de errado".
A presidente executiva da TAP disse esta terça-feira que tem de recuperar a honra e a reputação de 30 anos na indústria da aviação e que rejeitou demitir-se, como sugerido em reunião com Medina, porque nada fez de errado.
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
"6 de março foi o pior dia da minha vida, por isso, sim, vou tentar reparar a minha honra, com a reputação global que tenho nesta indústria", afirmou Christine Ourmières-Widener, em resposta ao deputado Paulo Moniz, do PSD, na comissão parlamentar de inquérito.
O deputado perguntou se a gestora pretendia ser ressarcida dos valores que não são pagos em caso de despedimento por justa causa.
"Ter dois ministros a demitir-me com justa causa está a arruinar a minha reputação, perante a minha família, os meus filhos e amigos. Tenho de o fazer", sublinhou a presidente executiva da TAP.
Ourmières-Widener adiantou ainda que quando o ministro das Finanças, Fernando Medina, lhe perguntou se se queria demitir, a resposta foi negativa "porque não tinha feito nada de errado", alegando que a única explicação que encontra para a decisão são "motivos políticos".
"Uma demissão é também um reconhecimento de que foi feito algo de errado e eu nada fiz de errado", reiterou, admitindo que ficou chocada com a conferência de imprensa de Fernando Medina e João Galamba [ministro das Infraestruturas], onde não só foi anunciada a sua exoneração, como também o nome do seu sucessor na presidência executiva da TAP.
De acordo com Christine Ourmières-Widener, numa reunião na noite de 05 de março, véspera do anúncio público da exoneração dos presidentes da companhia aérea, na sequência da indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis, Fernando Medina sugeriu à gestora que se demitisse, mas não lhe disse que a ia exonerar.
No início desta inquirição, Paulo Moniz tinha pedido à presidente executiva que identificasse quem na sala da comissão de inquérito também tenha estado presente na reunião com o grupo parlamentar do PS na véspera de ir ao parlamento, em janeiro, dar explicações sobre a indemnização à ex-administradora e ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
Christine Ourmières-Widener identificou Carlos Pereira, deputado do PS, o que levou o PSD a protestar pelo facto da inquirição pela bancada socialista ter sido feita precisamente por esse parlamentar.
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