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Centeno considera "boa notícia" acordo entre Merkel e Schulz

12 de janeiro de 2018 às 14:43
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O novo presidente do Eurogrupo disse que o importante é "garantir que cada um dos países da área do euro permanece comprometido com o processo de construção europeia".

O ministro das Finanças e novo presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse, hoje, em Paris, que o acordo de princípio para a formação do um novo governo na Alemanha "é uma boa notícia".

As declarações foram feitas aos jornalistas portugueses, depois da cerimónia de "passagem de testemunho" do Eurogrupo, na embaixada de Portugal em Paris, na qual recebeu a pasta de presidente do Eurogrupo do holandês Jeroen Dijsselbloem.

"A confirmar-se -- e parece que sim -- é uma boa notícia. O que é importante garantir é que cada um dos países da área do euro permanece comprometido com o processo de construção europeia. Estou certo de que esse será o caso da Alemanha pela importância que a Alemanha tem para todo este processo que se junta, obviamente, à importância que os outros países também têm", afirmou Mário Centeno.

Os conservadores alemães liderados por Angela Merkel e os sociais-democratas de Martin Schulz alcançaram hoje um acordo de princípio para a formação do novo executivo.

Ao fim de uma maratona de conversações que se prolongou pela noite dentro, o líder do partido Social Democrata (SPD), Martin Schulz, disse hoje de manhã aos jornalistas que o acordo irá ajudar as infraestruturas da Alemanha e reforçará as famílias, escolas, lares de idosos e outras partes da sociedade alemã.

"Penso que alcançámos resultados notáveis", disse Schulz, que terá agora de levar o acordo ao seu partido para ser aprovado antes de as negociações formais para a formação de uma coligação poderem começar.

A chanceler e líder dos democratas cristãos da CDU, Angela Merkel, disse por seu lado estar "optimista de que as coisas vão avançar" na formação de um novo governo de coligação, sublinhando que o acordo hoje alcançado envolveu cedências de ambas as partes.

Mostrou-se também confiante de que o futuro governo da Alemanha conseguirá alcançar um acordo com a França para promover "um novo acordar" da União Europeia (UE).

Mais de três meses após as eleições legislativas, a Alemanha continua a ser governada interinamente, pelo que Angela Merkel não tem poderes para responder às iniciativas do Presidente Francês, Emmanuel Macron, para reformar a UE.

Merkel disse hoje que ficou claro, desde as eleições alemãs, que o mundo não para enquanto a Alemanha resolve o seu futuro político.

O líder do partido irmão da CDU na Baviera, Horst Seehofer, afirmou que se os sociais-democratas aprovarem o acordo hoje alcançado, uma coligação poderá ser alcançada até à Páscoa.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.