As declarações foram feitas aos jornalistas portugueses, depois da cerimónia de "passagem de testemunho" do Eurogrupo, na embaixada de Portugal em Paris, na qual recebeu a pasta de presidente do Eurogrupo do holandês Jeroen Dijsselbloem.
"A confirmar-se -- e parece que sim -- é uma boa notícia. O que é importante garantir é que cada um dos países da área do euro permanece comprometido com o processo de construção europeia. Estou certo de que esse será o caso da Alemanha pela importância que a Alemanha tem para todo este processo que se junta, obviamente, à importância que os outros países também têm", afirmou Mário Centeno.
Os conservadores alemães liderados por Angela Merkel e os sociais-democratas de Martin Schulz alcançaram hoje um acordo de princípio para a formação do novo executivo.
Ao fim de uma maratona de conversações que se prolongou pela noite dentro, o líder do partido Social Democrata (SPD), Martin Schulz, disse hoje de manhã aos jornalistas que o acordo irá ajudar as infraestruturas da Alemanha e reforçará as famílias, escolas, lares de idosos e outras partes da sociedade alemã.
"Penso que alcançámos resultados notáveis", disse Schulz, que terá agora de levar o acordo ao seu partido para ser aprovado antes de as negociações formais para a formação de uma coligação poderem começar.
A chanceler e líder dos democratas cristãos da CDU, Angela Merkel, disse por seu lado estar "optimista de que as coisas vão avançar" na formação de um novo governo de coligação, sublinhando que o acordo hoje alcançado envolveu cedências de ambas as partes.
Mostrou-se também confiante de que o futuro governo da Alemanha conseguirá alcançar um acordo com a França para promover "um novo acordar" da União Europeia (UE).
Mais de três meses após as eleições legislativas, a Alemanha continua a ser governada interinamente, pelo que Angela Merkel não tem poderes para responder às iniciativas do Presidente Francês, Emmanuel Macron, para reformar a UE.
Merkel disse hoje que ficou claro, desde as eleições alemãs, que o mundo não para enquanto a Alemanha resolve o seu futuro político.
O líder do partido irmão da CDU na Baviera, Horst Seehofer, afirmou que se os sociais-democratas aprovarem o acordo hoje alcançado, uma coligação poderá ser alcançada até à Páscoa.