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CDS-PP convicto de futura maioria com PSD porque PS "não merece"

30 de abril de 2015 às 10:30
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O Conselho Nacional do CDS aprovou a coligação com o PSD com apenas uma abstenção entre os 134 membros

O presidente do Conselho Nacional do CDS-PP afirmou esta quarta-feira que o órgão máximo centrista entre congressos está convencido de que é possível renovar a actual maioria, em coligação com o PSD, principalmente porque "o PS não merece".

"Este projecto é, sobretudo, um projecto de convicção, em nome de Portugal, que visa oferecer uma proposta ao país e aos portugueses de uma solução de governação maioritária para os próximos quatro anos", declarou Telmo Correia (à direita na imagem), já na madrugada de quinta-feira, na sede lisboeta dos democratas-cristãos, "até porque", do ponto de vista do CDS-PP", existe uma razão principal, "como sublinhou este Conselho Nacional: o PS não merece essa governação".

Segundo o também deputado centrista, o partido "rosa" não irá formar o próximo executivo porque, "além do mais, nunca fez uma rectificação em relação aos erros que cometeu no passado e conduziram o país à bancarrota".

O Conselho Nacional do CDS-PP aprovara antes a proposta de coligação pré-eleitoral com o PSD para as próximas eleições legislativas, com apenas uma abstenção, entre os 134 membros reunidos.

A coligação terá órgãos próprios de coordenação política e os dois partidos manterão grupos parlamentares separados. Democratas-cristãos e sociais-democratas comprometem-se também a dialogar para apoiar "um candidato em comum" às presidenciais de 2016, "preferencialmente após as legislativas".

"Não tenho nenhum tipo de dotes divinatórios sobre o futuro dos calendários políticos. Os partidos estabeleceram hoje um calendário e expressaram claramente a sua preferência. É o que está escrito e eu acho perceptível. Preferencialmente, essa discussão será feita só depois das eleições legislativas", limitou-se a dizer Telmo Correia, questionado sobre a nuance do texto comum entretanto aprovado.

O dirigente democrata-cristão assumiu ainda que, tanto quanto lhe foi dado a conhecer enquanto presidente do órgão máximo entre congressos, "à priori, não há cabeças de lista do CDS" nas próximas eleições.

"A expectativa do CDS e da coligação, obviamente, é de ganhar mandatos e lugares e não de os perder. Não fizemos uma discussão na base de perder mandatos ou lugares, mas sim na base de os ganhar e reproduzir resultados", afirmou.

A elaboração das listas conjuntas às legislativas vai obedecer "ao critério da transposição dos resultados obtidos em cada círculo eleitoral nas eleições legislativas de 2011" e, no decurso da próxima legislatura, "as (eventuais) vagas (no Parlamento) são preenchidas pelo candidato imediatamente a seguir do partido pelo qual foi proposto o deputado que deu origem à vaga".