O presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República garante que "foi possível fazer um percurso que deu sentido à esperança de muitos portugueses"
O presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, Carlos César, afirmou hoje que os acordos celebrados há um ano com BE, PCP e PEV para viabilizar o Governo socialista "não estão esgotados, nem ultrapassados".
"Estes acordos demonstram que não estão esgotados, nem ultrapassados. Apesar do empenhamento que temos tido no cumprimento dos compromissos que assumimos, estes acordos que foram celebrados na perspectiva da legislatura evidenciam, também, que há uma grande disponibilidade por parte de todos os partidos para um exercício constante de reinterpretação dos desafios com que nos confrontamos no dia-a-dia e da colaboração que é sempre necessária reinventar para prosseguir essa experiência e fazê-la com sucesso", afirmou Carlos César, também presidente do PS.
Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, Açores, precisamente quando passam 20 anos desde que tomou posse, pela primeira vez, como presidente do Governo Regional, Carlos César realçou que os acordos demonstraram, por outro lado, que "apesar das divergências que marcam os partidos neles envolvidos, "há sempre possibilidades e um apelo à convergência quando estão em causa interesses nacionais".
"Durante este ano foi possível fazer um percurso que deu sentido à esperança de muitos portugueses e que transformou profundamente a vida de muitas famílias", considerou, acrescentando que "há resultados positivos claros que evidenciam que essa cooperação foi benéfica no plano económico e no plano social".
Segundo o líder parlamentar socialista, "as famílias viram o seu rendimento acrescido, sentiram outra protecção em termos dos seus direitos sociais, as prestações sociais em geral foram reforçadas".
Já no plano económico, o dirigente exemplificou com os "dados recentes que consolidam a ideia de um crescimento sustentado", desde a melhoria do clima de confiança económica ou à taxa de desemprego de 10,5%, "o que já não acontecia desde há oito anos" no país.
Carlos César referiu ainda o défice, que "estará de novo abaixo dos 3%, livrando o país dos processos de défice excessivo", além de outros indicadores que revelam que "Portugal está num caminho difícil, é certo, dadas as condicionantes externas, mas seguro do ponto de vista da sua reabilitação social e económica".
"O que é seguro é que estes entendimentos trouxeram estabilidade política, social e laboral e que têm todas as condições para proporcionar que esta legislatura se desenvolva com normalidade e com sucesso", defendeu.
À pergunta como explica que os partidos que têm um passado de ataques e críticas ao PS estejam agora juntos numa solução governativa, Carlos César justificou com "o estado de degradação a que a direita conduziu o país, de degradação social e de falta de perspectivas económicas".
"E a segunda explicação é de que o interesse nacional quando devidamente interpretado pelas forças políticas é capaz de as fazer convergir, colocando em segundo plano as suas divergências", declarou, assinalando que BE, Os Verdes e PCP sabem qual é o posicionamento dos socialistas em relação a questões europeias, ao cumprimento dos compromissos internacionais, mas isso "não prejudicou, nem prejudica quer os acordos que celebrámos quer a sua execução no presente".
Carlos César: Entendimentos entre partidos "não estão esgotados"
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