O ciclista da Movistar fez a festa do pódio com Nocentini, Jasper De Laat e Edgar Pinto, consagrado como o melhor português
O espanhol Carlos Barbero (Movistar) quebrou este domingo a "famosa tradição" da Volta ao Alentejo, entrando na história da prova ao tornar-se no primeiro ciclista em 35 edições a repetir o triunfo.
"Queria quebrar a famosa tradição da Volta ao Alentejo, é muito importante para mim. Agora vou desfrutar", resumiu o feliz vencedor, que juntou a amarela final à conquistada em 2014.
A etapa da consagração de Barbero foi animada por um quinteto de fugitivos que, cinco quilómetros depois da partida de Ferreira do Alentejo, se lançou para a frente da corrida. O norueguês Andreas Vangstad (Sparebanken Sor), o espanhol Julen Irizar (Euskadi-Murias), o canadiano Adam de Vos (Rally Cycling), o holandês Bas Tietema (An Post Chain Reaction) e o polaco Marcin Mrozek (CCC Sprandi) pedalaram isolados durante a maioria dos 168,9 quilómetros da quinta e última tirada, conseguindo uma diferença máxima de 03.20 minutos.
Os cinco foram perdendo gás à medida que Évora ia ficando mais próxima, e, na última meta volante do dia, em Arraiolos, a cerca de 24 quilómetros da chegada, foi o segundo da geral, o italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), a passar primeiro, com o camisola amarela na sua roda.
Já só uma hecatombe poderia roubar o lugar na história ao espanhol de 25 anos, considerado um dos prodígios da nova vaga do ciclismo do seu país, e ela não aconteceu: sem chuva a atrapalhar, o 'sprint' no empedrado inclinado de Évora decorreu sem problemas, com Juan Molano (Manzana Postobón) a somar o seu segundo triunfo na 35.ª edição, à frente do britânico Christopher Lawless (Axeon-Hagens Berman) e do suíço Dylan Page (Caja Rural).
"Esta é uma corrida muito bonita, com muitas chegadas que me favorecem. Estou muito feliz pela minha equipa. Fizemos um trabalho espectacular", resumiu o vencedor.
Enquanto o colombiano, que cortou a meta com o tempo de 4:05.50 horas, festejava a vitória na quinta etapa, lá mais atrás outro homem erguia os braços. Cortada a meta, a três segundos do vencedor, Barbero desfez-se da bicicleta, encostou-se a uma baia de segurança e esperou por cada um dos seus seis companheiros para os abraçar, em sinal de reconhecimento pelo trabalho ao longo de cinco etapas.
"Sem os meus colegas de estrada nada seria possível, tenho de agradecer o trabalho de toda a semana porque foram espectaculares", disse, ainda antes de subir ao pódio para vestir a amarela final da 35ª edição.
Parco em palavras, o único bicampeão da "Alentejana" não escondeu a importância de ter vencido logo na sua quinta prova com as cores da Movistar, um triunfo que se junta a um palmarés já bem recheado, que inclui a vitória na classificação da juventude na Volta a Burgos e uma etapa na Ronde D'Isard (2013), o Circuito de Getxo (2014), uma etapa na Volta a Burgos e outra na Volta a Madrid e duas no Tour de Beauce (2015).
No entanto, os resultados mais proeminentes de Barbero, que nas últimas duas temporadas representou a Caja Rural e que nas duas anteriores correu pela Euskadi, nem são os primeiros lugares. O seu passado e, sobretudo, o seu futuro contam-se através das prestações nos Campeonatos nacionais de Espanha, nos quais foi terceiro, em 2014, atrás de Ion Izagirre e Alejandro Valverde, e segundo, em 2015, atrás daquele que é o ciclista espanhol mais vitorioso de sempre.
De sorriso no rosto, o ciclista da Movistar, que tal como em 2014 também ganhou a classificação por pontos, fez a festa do pódio com Nocentini, que foi segundo a 16 segundos, o holandês Jasper De Laat (Metec-TKH), terceiro a 25, e Edgar Pinto (LA Alumínios-Metalusa Blackjack), consagrado como o melhor português, na sétima posição, a 31.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.