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Autárquicas: Costa admite causas nacionais em algumas derrotas do PS e pede reflexão interna

09 de outubro de 2021 às 13:36
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O líder socialista insistiu na tese de que o PS "ganhou as autárquicas, qualquer que seja o critério de análise dos resultados eleitorais".

O secretário-geral do PS admitiu este sábado que houve causas nacionais em algumas derrotas e situações de perda de votos do seu partido nas últimas eleições autárquicas, pedindo reflexão interna e atenção à voz dos cidadãos.

Esta análise aos resultados das eleições de 26 de setembro passado foi feita por António Costa no seu discurso perante a Comissão Nacional do PS, reunião que decorre em Lisboa.

No seu discurso, que foi aberto aos jornalistas, o líder socialista insistiu na tese de que o PS "ganhou as autárquicas, qualquer que seja o critério de análise dos resultados eleitorais".

No entanto, logo a seguir, observou que "também é verdade que o PS tem menos 12 presidências de câmaras do que há quatro anos".

"Muitos dirão que é normal e que algum dia teríamos de começar a ter um resultado não melhor do que o anterior. Foi desta vez. Mas também temos menos votos e menos mandatos. Portanto, é um momento que o partido deve refletir e ponderar bem sobre o que aconteceu nas eleições autárquicas", disse.

Sem se referir a casos concretos de derrotas em algumas câmaras municipais, o secretário-geral do PS defendeu que no seu partido se sabe "seguramente" que em muitas autarquias as causas de se ter perdido "serão sobretudo locais".

"Mas em outras não são seguramente locais e há uma explicação nacional para esses resultados. É importante que façamos essa reflexão, porque estamos há seis anos no Governo, ganhámos sucessivamente as eleições a que nos temos apresentado desde então e é importante que o partido saiba escutar a voz dos cidadãos", declarou.

António Costa pediu depois para que se ouça a voz dos cidadãos, "com humildade", tendo em vista "corrigir o que deve ser corrigido, incentivar o que deve ser incentivado e acelerado o que merece ser acelerado".

"Este é o momento. Por isso, este debate de hoje na Comissão Nacional é muito importante, porque é o momento de relançamento da atividade do partido para os próximos dois anos até ao final da legislatura", acrescentou.

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