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Agência Espacial Europeia evita colisão de satélites no espaço

Satélite de observação de ventos na atmosfera Aeolus Earth acionou os seus propulsores para se desviar da trajetória de um satélite pertencente à constelação Starlink da SpaceX.

AAgência Espacial Europeia(ESA) anunciou, esta segunda-feira, que realizou pela primeira vez uma manobra para evitar a colisão de um dos seus satélites com outro de uma constelação pertencente à companhia norte-americanaSpaceX.

A ESA afirmou, em comunicado, que na segunda-feira o seu satélite de observação de ventos na atmosfera Aeolus Earth acionou os seus propulsores para se desviar da trajetória de um satélite pertencente à constelação Starlink da SpaceX.

Há uma semana, o centro de controlo espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, que vigia objetos que orbitam em torno da Terra, alertou para a possibilidade de colisão entre o Aeolus e o Starlink444, um dos primeiros satélites da constelação Starlink, que prevê aumentar o seu número até aos 12.000 em meados da próxima década.

Os peritos da ESA calcularam as probabilidades de choque e quando estas ultrapassaram a fasquia de uma em 10.000, na quinta-feira, decidiu-se acionar a manobra, que foi executada hoje.

A agência explicou que numa constelação pode haver centenas ou milhares de satélites e que o número vai crescer nos próximos anos, pelo que este tipo de situações poderá aumentar no futuro.

A ESA considera, contudo, que a atual forma de coordenação entre os operadores dos satélites, através de correios eletrónicos para alertar para o risco, está obsoleta e tornar-se-á impossível noutros incidentes.

A Agência Espacial Europeia propõe recorrer a inteligência artificial para coordenar as trajetórias dos satélites e uma estimativa de riscos atualizada, algo que levará à próxima reunião dos países membros da agência, que se realizará em novembro, em Sevilha, Espanha.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.