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EUA e Coreia do Sul disparam oito mísseis balísticos em resposta a Pyongyang

06 de junho de 2022 às 07:52

O lançamento teve como objetivo demonstrar a capacidade de responder com rapidez e precisão a eventuais ataques norte-coreanos, disseram os militares do Sul.

As forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul lançaram esta segunda-feira oito mísseis balísticos para as águas ao largo da costa oriental da península coreana, um dia após o Norte ter também disparado oito mísseis balísticos.

O lançamento envolveu um míssil americano e sete sul-coreanos, disparados 10 minutos após terem sido enviadas notificações para os reguladores de segurança aérea e marítima, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul e das Forças dos EUA na Coreia.

O lançamento teve como objetivo demonstrar a capacidade de responder com rapidez e precisão a eventuais ataques norte-coreanos, disseram os militares do Sul.

O Presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse hoje num discurso que o seu governo irá procurar obter "capacidades de segurança fundamentais e práticas" para combater a crescente ameaça de mísseis e armas nucleares por parte de Pyongyang.

"Os programas de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte cresceram a um ponto em que não são apenas uma ameaça à península coreana, mas ao nordeste da Ásia e à paz mundial", disse Yoon.

A Coreia do Sul "responderia severamente a qualquer tipo de provocação norte-coreana", garantiu o Presidente.

A Coreia do Norte disparou no domingo oito mísseis balísticos para as águas ao largo da costa oriental, três dias depois de exercícios militares conjuntos das forças armadas norte-americanas e sul-coreanas.

Estas foram as primeiras manobras conjuntas dos dois países depois do novo Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que prometeu uma política mais firme em relação a Pyongyang, ter sido empossado no cargo, no início de maio. Desde novembro de 2017 que um porta-aviões não participava nestes exercícios.

Há muito que a Coreia do Norte protesta contra a realização deste tipo de manobras, que vê como um ensaio geral para uma invasão do país.

"O exercício reforçou a determinação dos dois países em responder energicamente a qualquer provocação norte-coreana, ao mesmo tempo que demonstrou o empenho dos Estados Unidos em proporcionar uma dissuasão alargada", de acordo com uma nota divulgada pelas forças armadas sul-coreanas.

Há semanas que Seul e Washington advertiram para a possibilidade de Pyongyang realizar um sétimo teste nuclear e o primeiro desde 2017.

A Coreia do Norte, que regista um surto de covid-19, retomou entretanto a construção de um reator nuclear, de acordo com novas imagens de satélite.

O líder norte-coreano Kim Jong-un tinha suspendido os testes nucleares e de mísseis de longo alcance durante as conversações com o então Presidente norte-americano Donald Trump, mas as conversações fracassaram em 2019.

A Coreia do Norte quebrou esta moratória autoimposta ao disparar um míssil intercontinental (ICBM) no final de março.

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