Objetivo da campanha, intitulada de “regresso a casa”, é acabar com uma realidade que não devia existir numa “sociedade moderna e progressista”. Apesar do plano ambicioso não se livra das críticas e há quem o chame "hipócrita".
O príncipe William lançou, esta segunda-feira, um projeto-piloto de cinco anos para tornar as situações de sem-abrigo "raras e não repetidas" em seis localidades britânicas. Um investimento de 3 milhões de libras (3,51 milhões de euros).
Segundo o príncipe herdeiro do Reino Unido, o objetivo é terminar com uma realidade que não deveria existir numa "sociedade moderna e progressista".
O senão, é que com a iniciativa intitulada de "regresso a casa" o aristocrata está a ser acusado de hipocrisia por parte de organizações anti-monarquia. "A última coisa de que precisamos é que William se envolva nesta questão, um homem que tem três casas enormes e uma vasta propriedade que lhe foi doada pelo Estado", disse à BBC, Graham Smith, do grupo Republic. Defendendo ainda que este problema deve ser resolvido através de investimento e políticas governamentais e não por "caridade ou patrocínio real".
Ainda assim, uma porta-voz do Departamento de Desolvimento, Habitação e Comunidades felicitou esta iniciativa por parte da fundação real do príncipe de Gales, que vai começar a disponibilizar 500 mil libras (584 mil euros) por cada uma das seis cidades. Ao todo são cerca de 3 milhões de libras (3,51 milhões de euros) cedidos para combater as situações de sem-abrigo.
Para a concretização deste projeto vão ser testados seis locais no Reino Unido para tentar reduzir o número de pessoas sem-teto. O objetivo é juntar peritos em habitação, associações de solidariedade e investimento privado para desenvolver projetos de habitação e apoiar serviços que vão responder aos várias situações das pessoas sem-abrigo - seja quem dorme na rua, em hostels temporariamente ou em casa de familiares e amigos. Segundo o príncipe William "todos devem ter um lar seguro e ser tratados com dignidade".
O filho de Carlos III já visitava instituições de apoio aos sem-abrigo em criança, com a sua mãe Diana, entretanto falecida. Em 2009, William chegou até a dormir na rua, numa noite de inverno, para chamar a atenção para este problema.
De acordo com estimativas das instituições do Reino Unido, existem neste momento cerca de 300 mil pessoas sem casa, num total de 67 milhões de habitantes. Nas sondagens publicadas, através desta campanha, cerca de 85% dos 3 mil inquiridos considerou que o problema dos sem-abrigo é um problema muito ou bastante grave. Ainda para mais quando o país enfrenta uma crise de habitação e mais de 1,2 milhões de pessoas aguardam em listas de habitação social.
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