Sentença ainda não é conhecida, mas sabe-se que Hunter Biden poderá enfrentar uma pena de prisão de 15 a 21 meses.
Hunter Biden foi esta terça-feira, 11 de junho, considerado culpado por mentir sobre o uso de drogas para conseguir comprar uma arma ilegalmente. A sentença ainda não é conhecida, mas sabe-se que poderá agora enfrentar uma pena de prisão de 15 a 21 meses, segundo a agência de notícias Reuters, ainda que especialistas acreditem que os réus, de casos semelhantes, recebem geralmente penas mais curtas.
Um juiz do tribunal federal de Delaware, nos Estados Unidos, considerou o filho de Joe Biden culpado, nas três acusações que enfrentava. Hunter Biden torna-se assim o primeiro filho de um presidente em exercício nos EUA a ser condenado por um crime, embora este tenha ocorrido a 12 de outubro de 2018 - antes de Joe Biden ter assumido a presidência.
Durante o julgamento, que aconteceu ao longo do mês de junho, em Delaware,foram ouvidas várias testemunhas, incluindo a ex-mulher de Hunter Biden, que relatou em primeira mão a sua crescente dependência de drogas, nas semanas anteriores e posteriores à compra da arma.
A agente do FBI Erika Jensen foi a primeira testemunha de acusação a ser chamada, e a filha de Hunter Biden, Naomi Biden, também prestou depoimento. A 4 de junho, os procuradores apresentaram ainda mensagens, fotografias e registos bancários, que mostravam que o filho de Joe Biden estava mergulhado no vício do crack e que conscientemente infringiu a lei, ao responder "não" num formulário relativo ao uso de drogas. Além disso, estaria envolvido na organização de negócios de drogas.
Hunter Biden chegou a declarar-se inocente, mas o procurador Derek Hines considerou que "as evidências são esmagadoras" e que "o vício não é crime, [mas] mentir é".
O procurador especial dos EUA, David Weiss, nomeado por Trump, foi quem abriu o processo contra Hunter Biden, e esteve, por isso, também presente em tribunal. David Weiss apresentou ainda separadamente acusações fiscais federais contra o filho de Biden, na Califórnia, ao alegar que não pagou 1,4 milhões de dólares (€1,3 milhões) em impostos entre 2016 e 2019, enquanto gastaria alegadamente milhões em drogas, acompanhantes de luxo e carros de luxo.
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